Finanças a resolver: Botafogo corre contra o tempo para o planejamento
Neste mês, clube sofreu quase R$ 10 milhões em penhoras e quer solucionar estes problemas antes do início de 2019, que será de muito trabalho para os departamentos
O ano de 2019 será de muito trabalho para os departamentos jurídico e de finanças do Botafogo. Devido aos diversos problemas que o clube vem enfrentando, como penhoras que chegaram a quase R$ 10 milhões apenas neste mês, salários estão atrasados, resultando em uma maior dificuldade para o planejamento em um todo no clube de General Severiano. Com tudo isto para resolver, há a ciência de corrida contra o tempo.
Na sexta-feira, a diretoria do Botafogo, liderada pelo presidente Nelson Mufarrej, conseguiu quitar os atrasados de novembro referente aos funcionários. Para fazer o mesmo com os jogadores, o clube buscará anular as penhoras ainda neste plantão judicial – mesmo ciente da dificuldade de uma reforma da decisão no período do recesso judiciário, a necessidade de colocar os salários em dia será usada como argumento e há esperança em sucesso antes do próximo dia 6.
Atualmente, o Botafogo tem com os funcionários atrasos de férias e segunda parcela do 13 deste ano. Com os jogadores, ainda há pendência de folha mensal. Expectativas de entradas de dinheiro de outras direções podem ajudar a amenizar o problema. Sem outro meio de quitação até agora, Nelson Mufarrej, presidente do Botafogo, falou sobre as tentativas que serão feitas durante o plantão judicial:
– Nos próximos dias temos que tentar tirar uma decisão que penhorou o nosso dinheiro. Inadmissível, fez com que retardássemos o pagamento, o que nos trouxe um constrangimento muito grande. Não temos alternativa para este pagamento. O Botafogo hoje tem problema de caixa e isso faz falta. Se tivéssemos, não transformássemos nossos ativos em venda – afirmou o mandatário do Alvinegro.
As dívidas cobradas e com decisões de penhora de verbas do Botafogo neste mês foram em decisões proferidas pelo Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região (TRT-1), em ações envolvendo André Bahia (R$ 2.015.146,91, bloqueio da premiação no Brasileiro) e Oswaldo de Oliveira (R$ 6,4 milhões, bloqueio na venda de Matheus Fernandes ao Palmeiras). No Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), o montante de R$ 808.715,54 foi bloqueado em processo envolvendo Henrique Almeida da verba de TV. Valores significativos para o planejamento alvinegro o quanto antes.