Quebra-cabeça de Autuori: Botafogo tem indefinição na lateral-direita
Além dos já conhecidos problemas extracampo com renovações de contrato, nenhum jogador da posição se confirmou no time titular na atual temporada
A paralisação das competições acentuou um dos problemas do Botafogo. A lateral-direita, que não tinha um jogador consolidado na equipe titular com a bola rolando, promete dar ainda mais dores de cabeça ao treinador Paulo Autuori no período pós-pandemia.
Marcinho, Fernando e Federico Barrandeguy são os três jogadores naturais da posição que o Botafogo possui no elenco. Os dois primeiros estão com o contrato se encerrando no final do ano e as conversas por renovação são consideradas complicadas. O clube, inclusive, está no mercado em busca de um reforço para o setor com o intuito de cobrir tais possíveis perdas.
Além das questões extracampo, a lateral-direita também foi um problema nas quatro linhas em 2020. Com Marcinho, titular na reta final do ano passado, Fernando e Barrandeguy se alternaram no onze inicial. O brasileiro atuou em cinco partidas na atual temporada, enquanto o uruguaio entrou no gramado em sete oportunidades.
Nenhum dos dois, contudo, chegou a convencer Alberto Valentim e Paulo Autuori, os dois treinadores do Botafogo no ano, na posição. Fernando iniciou a temporada como titular, mas um problema no joelho, na metade de março, fez o defensor perder a vaga. Desde então, o gringo tenta ganhar espaço no clube de General Severiano, mas ainda não causou um impacto imediato.
No clássico contra o Flamengo, em março, inclusive, Paulo Autuori optou por colocar Marcelo Benevenuto, improvisado, na lateral-direita, deixando Fernando e Barrandeguy de fora da equipe. A intenção era reforçar a marcação no setor para as investidas de Michael, Bruno Henrique e Filipe Luís.
Teoricamente, o possível titular da posição seria Marcinho, que terminou com este status no ano passado. O lateral sofreu uma lesão no joelho direito no início do ano, antes mesmo da pré-temporada, e desde então vem realizando tratamento. A questão é que o clube pode negociar o atleta de 23 anos ainda no meio da temporada para não perdê-lo de graça quando seu contrato acabar, em dezembro, visto que a renovação é considerada difícil.