Relação entre Jair e CEP virou de longo prazo. Mas se não fosse Lopes…
Gerente de futebol do Botafogo recusou convite para dirigir o time em 2015. Caso tivesse aceito, a vida do clube, do presidente e do atual treinador poderiam ser outras, hoje
A sequência do trabalho de Jair Ventura à frente do Botafogo foi confirmada na segunda-feira e, com ela, o trabalho coletivo feito pelo próprio treinador, comissão, presidente Carlos Eduardo Pereira e até o gerente de futebol, Antônio Lopes. Aliás, se Lopes tivesse dado resposta diferente a um convite do mandatário alvinegro em 2015, os destinos da equipe e do próprio Jair poderiam ser bem diferentes dos atuais.
- Quando optamos pela saída do René Simões, eu disse ao Jair: "Preciso que você segure um abacaxi para mim, como interino". Liguei para o Lopes e falei que não tinha ninguém. "Você vai para a boca do túnel?" Ele (já gerente de futebol do Glorioso) me pediu "tudo menos voltar". Ali, o Ricardo Gomes foi importante - admitiu Carlos Eduardo Pereira, em entrevista exclusiva ao LANCE!, antes de concluir:
- Desta vez, agora em agosto, falei para ele (Jair) que não era para ser interino. Ele falou: "Presidente, pode contar comigo". No dia seguinte, um sábado de manhã, fizemos a entrevista, eles foram para São Paulo e ganhamos - revelou.
O episódio marca o começo do sucesso de Jair Ventura. E a opção mútua pela manutenção para a próxima temporada que vem segue a mesma coletividade pregada há quatro meses.
- O conjunto... Este é o segredo do sucesso alvinegro - diz CEP.
SEM MÁGOA COM RICARDO GOMES
O Botafogo evoluiu sem Ricardo Gomes, e o treinador pouco durou no São Paulo. No entanto, o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, garante não haver mágoa com o ex-comandante.
- Não teria feito o mesmo que ele fez, mas, dentro da dinâmica do futebol, o Botafogo cumpriu com o compromisso. Em um ano, ele prestou relevantes serviços ao clube. Então, bola para a frente. Foram dois meses depois de cobrirmos uma proposta do Cruzeiro, mas a sorte nos ajudou - admite.