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Botafogo ‘separa’ funcionários e jogadores por salários e gera insatisfação interna

Diretoria do Glorioso realiza pagamentos de vencimentos em grupos separados para atletas e liquida dívida em pequenas parcelas com colaboradores

Treino - Botafogo
imagem cameraTreino do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 08/06/2020
17:27
Atualizado em 09/06/2020
14:39

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O Botafogo corre contra o tempo para quitar as dívidas com jogadores e funcionários e ficar em dia. Com problemas financeiros, a diretoria do Alvinegro possui débitos em aberto com os profissionais. Internamente, contudo, a forma de pagamento para os dois grupos é feita de uma forma diferente, em dias e divisões diferentes.

Enquanto os atletas recebem o salário de um mês de forma consolidada - 100% do valor de uma vez - na conta, os funcionários têm acesso ao dinheiro de forma dividida, já que o clube paga o valor de pouquinho a pouquinho. O vencimento de março, por exemplo, teve divulgação que seria quitado 35% do valor total - quantia desbloqueada pelo jurídico do Botafogo na última semana, mas que ainda não caiu na conta dos colaboradores.

Isso se dá porque os recursos que o clube dispõe para pagar os funcionários estão bloqueados e dependem de ações junto ao Sindeclubes para ficarem descongelados. Enquanto o departamento jurídico do Botafogo, contudo, não conseguir descongelar o valor, os colaboradores ficam sem respostas. Internamente, isto gera insatisfação.

Os dirigentes do Botafogo - principalmente os que ficam no Nilton Santos - possuem alguns grupos no WhatsApp com as pessoas do dia a dia. Um contém jogadores e funcionários; no outro, apenas colaboradores. Quando o pagamento é feito de forma dividida, a mensagem é colocada no ambiente onde não há a presença de atletas.

Alguns funcionários acreditam que as mensagens foram enviadas no grupo sem os jogadores porque os líderes do elenco ficariam chateados com a situação envolvendo o pagamento dos membros da comissão técnica. O ato de pagamento de apenas 35% do salário dificulta a vida dos colaboradores, que ainda passam necessidade diante do cenário da pandemia.

Aos funcionários, o Botafogo ainda busca desbloquear verba para quitar 65% do mês de março - e pagar os 35% previamente sucedidos -, abril (férias adiantadas) e maio. Para os jogadores, a conta é a mesma, excluindo os valores do terceiro mês do ano. 


Ao contrário do que foi relatado na reportagem, o Botafogo informa que mantém diálogo permanente com todos os integrantes do Departamento de Futebol sobre as pendências existentes - como sempre faz na condução dos assuntos internos através do VP de Futebol Marco Agostini.*

*Matéria atualizada 12h54.

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