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Técnico do Botafogo critica parceria do Flamengo no futebol feminino: ‘É uma vergonha’

Gláucio Carvalho, comandante do Alvinegro, afirmou que projeto do Rubro-Negro junto à Marinha é injusto e que instituição deveria pensar mais na modalidade como um todo

Gláucio Carvalho - Botafogo
imagem cameraGláucio Carvalho em ação pelo Botafogo (Foto: Talita Giudice/Botafogo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 13/05/2020
16:19
Atualizado em 13/05/2020
16:33

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O Botafogo segue firme no projeto de futebol feminino. A equipe vivenciava as primeiras semanas de treino antes da paralisações das atividades por conta da pandemia do coronavírus. Apesar das dificuldades financeiras, Gláucio Carvalho, treinador do Alvinegro, acredita que a equipe evoluiu em relação ao ano passado - quando não conseguiu o acesso para a elite do Brasileirão.

- Tivemos que reduzir o elenco de 30 para 24 jogadoras. Dentre as 24 do atual elenco, quatro são goleiras. São apenas 20 de linha. Tivemos que subir jogadoras do sub-18. Além dos cortes em viagens, por conta dos gastos, as suspensões, as lesões, fica mais difícil. Mas conseguimos manter um bom nível e progredimos em relação ao ano passado - analisou, em entrevista ao canal "BrauneFogo", na última terça-feira.

No Campeonato Carioca, disputado no segundo semestre de 2019, o Botafogo já mostrou evolução e foi eliminado pelo Flamengo nas semifinais. Neste contexto, Gláucio fez severas reclamações ao projeto do Rubro-Negro, que possui uma parceria com a Marinha do Rio de Janeiro no futebol feminino.

- Fizemos mais de 35 gols no Carioca. Só perdemos na semifinal contra um time que tem um investimento público, o que é uma vergonha. Uma vergonha pra mim, pra você, pra toda torcida do Botafogo, esse "outro patamar". Usam a melhor estrutura do mundo, assim fica difícil. A Marinha do Brasil tinha que dividir esse investimento, essa estrutura, fizessem o draft com as jogadoras e distribuíssem para todo o Brasil - afirmou.

Uma das esperanças do Botafogo para o futuro é Gabrielly Louvain. A meia, constantemente convocada para a Seleção Brasileira sub-17, estava vivendo a expectativa da primeira temporada na equipe profissional.

- Se a Gaby fosse homem, ela valeria, hoje, em torno de 40 milhões de euros. Praticamente o Botafogo treina a Gabi pra Seleção, ela fica mais tempo na CBF que aqui. Ótimo pra ela, mas péssimo para mim como treinador, pois não aproveito direito - reiterou Gláucio.

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