Tensão, euforia e emoção se misturam entre torcedores do Botafogo no Nilton Santos
Diversos fãs acompanharam a final da Libertadores no estádio do clube
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Na final da Libertadores, os torcedores do Botafogo misturaram tensão e euforia em diversos momentos do jogo contra o Atlético-MG. As expressões de sentimentos variavam à medida que os fatos aconteciam e com o passar do relógio na reta final do duelo.
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Antes da bola rolar, Suel fazia um show de pagode, mas o cantor não conseguiu empolgar o público presente. Os milhares presentes queriam cantar músicas de apoio ao time comandado por Artur Jorge e a empolgação com a primeira final de Libertadores do clube era visível.
No entanto, a tensão foi sentida nos primeiros segundos do confronto entre Botafogo e Atlético-MG com a expulsão de Gregore. O volante recebeu o cartão vermelho após acertar a cabeça de Fausto Vera, o que chegou a desanimar o público até os 35 minutos da etapa inicial.
Apesar do maior volume do Galo, Luiz Henrique abriu o placar para o Glorioso e fez o Nilton Santos explodir de alegria, mas também de alívio. Na sequência, a comemoração do pênalti marcado foi mais forte do que no momento em que Alex Telles venceu Everson e balançou as redes. Pouco antes do intervalo, a emoção tomou conta da casa do Alvinegro e diversos torcedores desabaram em choro.
A libertação do Botafogo
No segundo tempo, a tensão voltou a tomar conta dos torcedores por conta do gol de Eduardo Vargas aos dois minutos. Na Argentina, o Galo pressionava e buscava o empate a todo o custo. No Nilton Santos, o público não cantava por conta do nervosismo.
Torcedores escondiam a cara nas cadeiras do estádio, rezavam, choravam e não conseguiam assistir os últimos minutos de jogos. Embora um ou outro fã conseguisse extravasar e até cornetar, a maioria não queria olhar para os telões.
A cada defesa de John e chutões do campo de defesa eram motivos de comemorações no Nilton Santos como se fossem gols. Até que Júnior Santos deu os números finais ao duelo e deu início ao início da festa com fogos, sinalizadores e uma multidão "se libertando" e correndo das arquibancadas para o campo.
Após o apito final, Breno França, um dos torcedores presentes no estádio, contou a sua emoção pela inédita conquista. Apesar da distância, o fã relembrou de seu avô, que não conseguiu ver o inédito título, e diversos nomes históricos do clube.
- Sou botafoguense desde 2007, desde pequeno. (Fomos campeões) Porque acreditamos até o final. O botafoguense sempre tem que acreditar, até nós piores momentos, nunca para de cantar. Essa paixão eu luto desde os meus seis anos. Meu pai, que é tricolor, estava conversando comigo sobre o meu avô, que era botafoguense. Eu não conheci o meu avô, mas foi ele quem me fez ser botafoguense. Ontem eu imprimi uma foto 3x4, porque eu nunca tinha assistido um jogo do Botafogo com meu avô. Hoje eu assisti com ele. Meu avô, Joaquim França, assistiu a final comigo. Eu herdei essa paixão dele. O Botafogo escolhe a gente. Seria muito mais fácil eu torcer para o time do meu pai, o Fluminense, ou dos meus primos, que são vascaínos, ou para o time da maioria dos meus amigos, flamenguistas. Mas eu torço para o time do meu avô, um cara que me conheceu, mas eu não tive oportunidade de conhecê-lo por ser muito novinho. Ele se foi quando eu tinha um ano e um mês de vida. Mas hoje, lá no ceu, ele abençoou a gente. Assim como Garrincha, Didi, Nilton Santos, Beth Carvalho, Clarisce Linspector. É um título cantado e escrito com um roteiro inacreditável. O Botafogo é a estrela solitária que reluz não só na América, mas vai reluzir no Brasil também, se Deus quiser. A gente vai buscar essa taça do Brasileirão, mas o mais importante está feito. Botafogo campeão!
Na próxima semana, o Botafogo vira a chave e foca no jogo contra o Internacional, em que pode conquistar o segundo título do Campeonato Brasileiro da história. Além disso, a equipe tem compromisso no dia 11 de dezembro diante do Pachuca, pelo Intercontinental.
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