Tiago Nunes analisa contexto e elogia atuação do Botafogo: ‘Caminhando bem’
Alvinegro perde primeiro clássico desta temporada
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Tiago Nunes elogiou o Botafogo mesmo com a derrota diante do Flamengo. O técnico alvinegro entende que a equipe fez um bom clássico.
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-A gente fez um jogo muito bom. Dentro do contexto do adversário, de preparação, da época do ano e do quanto a gente está transformando o time ao longo dos dias. A gente está construindo uma equipe e nesse processo a gente enfrentou uma equipe que está mais avançada que a nossa. Tem uma sequência muito maior que a nossa com os mesmos jogadores e o mesmo treinador. A gente fala muito em justiça no futebol. Hoje, era um jogo, se as coisas dessem errado, minimamente para empate. A única chance que o Flamengo teve, fez gol - avaliou Tiago Nunes. E emendou:
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-A gente deixou o Flamengo praticamente inoperante durante todo o jogo. A gente conseguiu ter um balizamento do nível que a gente está. Quando a gente faz um jogo contra o Flamengo, que vai disputar ser campeão do Brasil, da Copa do Brasil e da Libertadores, e a gente faz partida com esse grau de maturidade, nos mostra que a gente está caminhando bem.
O técnico do Botafogo também criticou uma das principais fragilidades do time: a bola parada. Foi desta forma que o Alvinegro sofreu o gol no último minuto do clássico contra o Flamengo.
-Por mais que o gol balize as avaliações, eu não vou considerar esse erro no último minuto para avaliar todo o trabalho que foi desenvolvido por quase 100 minutos. A gente, taticamente, fez partida muito equilibrada. Mas é muito vazio ficar repetindo os mesmos argumentos para justiticar esse detalhe do gol no final. Foi um gol de bola parada hoje, outro contra o Nova Iguaçu, em que falta atenção, falta concentração
É o capricho do futebol
lamentou o técnico do Botafogo a saída de por lesão Alexander Barbosa, zagueiro de 1,92m, que estaria na área
O Botafogo volta a entrar em campo às 19h de quarta-feira (14). O Alvinegro enfrenta o Volta Redonda no Raulino de Oliveira.
MAIS RESPOSTAS DE TIAGO NUNES:
ESTREIA DE LUIZ HENRIQUE
-Vou considerar que ele chegou há dois dias e chegou em uma imersão de coisas para um jogador do tamanho dele. Coisas de marketing, coletiva e ainda não se acostumou com o fuso horário. Só teve um treinamento com os companheiros novos, ele ainda não sabia o nome de todos os jogadores. Dito isso, eu acredito que a estreia foi muito boa. Temos que gerar comportamentos coletivos para potencializar. O que ficou demonstrado hoje é que ele contribui muito na fase defensiva, mesmo sem eu pedir para ele. Foi muito positiva. Tem uma margem muito grande de crescimento.
DAMIÁN SUAREZ
-A gente precisa ter um processo contínuo de formação de jogadores. Quando você traz um jogador com essa bagagem, você não só agrega qualidade, mas ajuda na formação dos jovens. Eu falei mais cedo do Mateo Ponte, que é um jovem, e agora você tem um jogador da mesma nacionalidade com experiência na mesma posição que vai ajudar na formação dele. É um processo de continuidade, de formação. Você tem jogos que a pitada de experiência faz diferença. Você vai jogar um jogo na altitude, ou até um jogo mais duro de Brasileiro e quanto mais jogadores com bagagem você tiver, menor a chance de sofrer.
PONTAS
-Eu discordo que ele [Victor Sá] não foi aproveitado. Ele entrou com um papel tático no fim do jogo para ajudar o Mateo Ponte, que estava com cãibras, no fim na marcação ao Bruno Henrique. Entrou com pouco tempo, então tem esse olhar popular de que não aproveitado. A gente não pode olhar só para o passado, tem que olhar também o momento. E eu estou aqui para julgar o momento. O do Júnior Santos é muito bom. Tem uma característica técnica diferente, mas traz um energia física e competitiva muito grande. Ele tem a característica de pivô, mas também de atacar as costas em velocidade. Característica diferente do Tiquinho, que não tem essa velocidade. Savarino entrou por lá justamente porque a gente ainda está em processo de preparação e precisa de minutos. Minutos que o Victor Sá já teve. Não só tenho um olhar para cada partida, mas também no processo de preparação dos jogadores para toda a temporada. Vamos chegar nos jogos decisivos do final de fevereiro e tenho que ter todos os jogadores minimamente em condições.
MATEO PONTE
-Diria o sábio que você aprende com os próprios erros e com os erros dos outros. A gente liberou o Mateo (para o Pré-Olímpico) porque acreditou que ele teria um aprendizado grande trabalhando com o Marcelo Bielsa e eles me encaminharam todos os treinamentos. Eu vi todos os dias o Mateo treinando. O que ele mostrou nos treinamentos, nos amistosos e nos jogos, me deu confiança de que ele poderia jogar, assim como as conversas que eu tive com o professor Marcelo Bielsa. Depois, a bola não pergunta idade. Pergunta se você gosta dela, trata bem, joga jogos importantes e não sente pressão. O Mateo deixou claro que se sente à vontade nesse ambiente. Ele pode errar tecnicamente, taticamente, mas mentalmente estava muito forte. Existem jogadores que no dia a dia mostram que não estão preparados e por isso você precisa ter mais cuidado para lançar. O Mateo não.
PRODUÇÃO OFENSIVA
-Temos uma média de sete chances criadas por jogo no Carioca, então criamos mas não estamos conseguindo finalizar. Hoje também não conseguimos fazer o Flamengo criar. Foi um jogo de equipes que se equivalem. Estamos trabalhando, temos bastante o que evoluir ainda. As subscrições foram buscando um time mais ofensivo, coloquei o Eduardo para ser um meia criativo, o Junior tem mais capacidade física para ser o homem da última linha. Claro que tem margem de crescimento, é um processo. Mas o jogo de hoje mostra que não estamos tão distante das principais equipes do Brasil.
LIBERTADORES
-As duas equipes são de altitude. O Aurora de Cochabamba e o Melgar em Arequipa. Conheço muito bem o Melgar, joguei contra eles com Sporting Cristal. É uma base muito forte que eliminou o Internacional em uma Sul-Americana anos atrás. Perdeu hoje para o Aurora, o que me surpreendeu. Normalmente, o brasileiro sente muito mais esse fator da altitude. Porque tem o fator fisiológico, isso a gente não consegue mudar, e tem o fator mental. Normalmente o brasileiro chega lá perdendo de 1 a 0 porque coloca como muleta para tudo. O que a gente sabe é que muda muito a velocidade da bola. Minha passagem no Peru me dá bagagem para saber que esse jogo vai ser muito difícil de jogar e a tem que ser tratado de forma especial. Temos que estar muito bem preparados.
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