Em um ano de SAF, Botafogo passa por frustrações e encara pressão
Após momentos promissores na temporada passada, Alvinegro padece com protestos da torcida devido à eliminação recente e às poucas contratações para este ano
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Há um ano, o Botafogo se tornou SAF e passou a ter como acionista o norte-americano John Textor. Em paralelo a desafios como a reestruturação e da busca por quitar dívidas, o Alvinegro buscou formar uma equipe de grande competição. Porém, o início de 2023 traz um momento de frustração e de desafio.
A equipe foi eliminada precocemente na Taça Guanabara e, após a derrota por 1 a 0 para a Portuguesa, terá de encontrar outro caminho para buscar a vaga na Copa do Brasil de 2024. Diante da própria Lusinha, os botafoguenses iniciarão as semifinais da Taça Rio (cujo título dá a vaga para o torneio). O LANCE! recorda alguns fatos que marcaram o futebol do Botafogo neste primeiro ano de SAF.
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IDAS E VINDAS NAS CONTRATAÇÕES
John Textor abriu os cofres para a primeira temporada. Os meio-campistas Patrick de Paula (maior contratação da história do Alvinegro, por R$ 33 milhões) e Gustavo Sauer e o ponta Victor Sá foram os jogadores mais valorizados entre as contratações. Porém, também chegaram ao clube nomes como o goleiro Lucas Perri, os laterais Saravia e Marçal, os zagueiros Cuesta e Adryelson, os meio-campistas Tchê Tchê, Lucas Fernandes e Lucas Piazon, o meia-atacante Eduardo, os atacantes Junior Santos, Jeffinho e Tiquinho Soares.
Em relação a saídas, da equipe que disputou a Série B, restaram apenas dois jogadores (Daniel Borges e Douglas Borges). A saída de Jeffinho para o Lyon, em 2023, nesse ano trouxe mais controvérsias. Nas redes sociais, o Botafogo falou em "caminho sólido para os jovens atletas à Europa".
2022: EQUIPE ENGRENA, MAS PATINA NO FIM NO BRASILEIRO
Em 2022, o Botafogo, ainda em transição sob o comando de Lúcio Flávio, chegou às semifinais do Carioca. No entanto, um gol de Germán Cano no último lance custou o fim do sonho da equipe. Na Copa do Brasil, os botafoguenses são eliminados pelo América-MG nas oitavas de final.
Luís Castro assumiu o comando a partir do Brasileiro. Mesmo com a campanha marcada por um aproveitamento decepcionante como mandante, o Alvinegro chegou à última rodada com possibilidade de obter uma das vagas para a Copa Libertadores. Porém, o sonho se esvaiu em uma atuação fraca na derrota por 3 a 0 para o Athletico-PR, adversário direto pela briga. O clube se classificou para a Copa Sul-Americana.
EXPECTATIVA (AINDA) POR NOVOS REFORÇOS
Ao fim do Campeonato Brasileiro, o técnico Luís Castro pediu seis reforços que aumentassem a qualidade do Botafogo para a temporada seguinte. A lateral direita e a ponta direita foram consideradas as mais urgentes.
Entretanto, até o momento o Alvinegro tem sido contido no mercado. O meio-campista Marlon Freitas, o lateral Di Placido, o zagueiro Luis Segovia e o atacante Carlos Alberto foram os contratados.
2023: ELIMINAÇÃO VEXATÓRIA E EQUIPE DEGRINGOLANDO
Após um início de oscilações, o Botafogo viu sua trajetória na Taça Guanabara degringolar. Após derrotas seguidas para Vasco (por 2 a 0) e por 1 a 0 para o Flamengo, o Alvinegro teve um alento diante do Resende, ao vencer por 2 a 0. No entanto, o sonho de se garantir nas semifinais do Carioca ruiu de maneira vexatória.
Com atuação péssima, o Alvinegro foi derrotado por 1 a 0 para a Portuguesa e perdeu a vagas nas semifinais do Carioca para o Volta Redonda. Ao fim da partida, a torcida gritou "queremos jogador".
O dirigente André Mazzuco pediu desculpas pela eliminação e disse que a derrota diante do Vasco foi um processo de "ruptura" no trabalho. Além disto, afirmou que Luís Castro é reavaliado de maneira recorrente.
O Botafogo também vinha de uma atuação aquém do esperado na Copa do Brasil. Na semana anterior, a equipe alvinegra arrancou um empate em 1 a 1 com o Sergipe no limite dos acréscimos e escapou de ser eliminada ainda na primeira fase.
TORCIDA NA BRONCA
Após a derrota para a Lusinha, os muros de General Severiano foram pichados com ofensas ao acionista John Textor e ao treinador Luís Castro. Entre as manifestações estavam "Fora Textor", além da irritação com o fato do acionista ter desativado conta de redes sociais e não se manifestar publicamente: "Textor sumiu".
Ao técnico da equipe, veio a ofensa "LC (sic) fdp". Também houve contestação em relação ao departamento de futebol: "Cadê contratação?".
LUÍS CASTRO PRESSIONADO
O momento conturbado aumenta a pressão para Luís Castro. A equipe vem deixando a desejar e perdeu seu padrão tático nas partidas mais recentes. O treinador terá novo teste de confiança contra o Brasiliense, em jogo válido pela segunda fase da Copa do Brasil, na quarta-feira (15).
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