Chefe de arbitragem da CBF diz que árbitros querem VAR: ‘Vai ajudar’
Coronel Marinho reconheceu que erro em jogo no Allianz Parque, entre Palmeiras e Chape, teria sido evitado com auxílio de vídeo. Houve polêmica também em Galo x Corinthians
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Após um fim de semana de erros graves da arbitragem e polêmica sobre a demora na anulação de um gol do Atlético-MG sobre o Corinthians, o chefe de arbitragem da CBF, Coronel Marinho, reforçou que os árbitros são a favor do uso de vídeo no Campeonato Brasileiro. Marinho afirmou que o Palmeiras não teria sido prejudicado contra a Chapecoense, por exemplo, se houvesse VAR.
O Verdão teve um gol legítimo anulado aos 49 minutos do segundo. O auxiliar marcou impedimento inexistente e a partida terminou empatada em 0 a 0.
- O árbitro precisa ver o lance e pedir o uso do vídeo. No jogo do Palmeiras, o árbitro de vídeo ajudaria muito para uma decisão mais correra, ajudaria a ter uma decisão mais correta - afirmou Marinho, à Rádio Bandeirantes.
- Os árbitros querem, isso vai ajudar muito. Eles têm interesse, mas não depende só deles. Eu chamo atenção para algumas coisas que, se tivéssemos VAR nas jogadas, são interpretativos e continuaríamos tendo discussões.
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Marinho considera que o lance polêmico de Atlético-MG 1x0 Corinthians é interpretativo. A arbitragem demorou a anular um gol, alegando um toque de mão de Ricardo Oliveira, antes de Roger Guedes mandar a bola para a rede. Só depois da comemoração dos atleticanos e reclamação dos corintianos é que a decisão foi tomada, levantando de novo suspeita de interferência externa.
- Diante da gritaria, ele pediria o VAR. Uma gritaria muito forte, o árbitro tem a sensibilidade de já que tem a ferramenta de pedir as imagens e ele que vai decidir. Ele poderia confirmar ou até invalidar o gol. Há lances em que mesmo com o árbitro de vídeo a decisão é exclusiva do árbitro - afirmou.
A rejeição ao uso do VAR ocorreu durante uma reunião do congresso técnico da CBF, em fevereiro. No encontro dos representantes dos 20 clubes da Série A, ocorrido na sede da entidade, 12 clubes (Corinthians, Santos, América-MG, Cruzeiro, Atlético-MG, Atlético-PR, Paraná, Vasco, Fluminense, Sport, Vitória e Ceará) votaram contra o uso do recurso já nesta competição, enquanto que sete (Flamengo, Botafogo, Bahia, Chapecoense, Palmeiras, Grêmio e Internacional) se demonstraram favoráveis. O São Paulo se absteve.
Os clubes preferiram esperar as experiências a partir das quartas de final da Copa do Brasil. Caso seja bem-sucedido, o uso do VAR voltará a ser votado para o Brasileirão de 2019. Vetar foi uma decisão da maioria, pelo custo elevado para os clubes. Quem votou contra alega que o VAR custaria R$ 1 milhão por clube, um total de R$ 20 milhões para o uso da tecnologia no campeonato.
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