Concessionária recorrerá de liminar que a obriga a reassumir Maracanã
Em nota nesta terça-feira, empresa afirma que não foi notificada oficialmente, mas ratifica que não assumiu Complexo Maracanã devido a problemas que assolam estádio
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O impasse em torno da administração do Maracanã ganhará novos desdobramentos. Nesta terça-feira, a concessionária que administra o Complexo Maracanã emitiu nota na qual informou que recorrerá da liminar obtida pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro na última sexta-feira.
O pronunciamento ocorreu antes mesmo da concessionária ser notificada oficialmente pela Justiça. Em nota, a empresa reafirma que não reassumiu a administração do estádio porque "de acordo com o contrato firmado entre a Casa Civil e o Comitê, o Maracanã e o Maracanãzinho só deveriam sair da administração da Rio 2016 depois de feitos todos os reparos".
Entre os problemas apontados estão faltas de cadeiras nas arquibancadas, catracas eletrônicas, fechaduras quebradas e laudos no Maracanã. Também há painéis danificados no Maracanãzinho.
CONFIRA A NOTA OFICIAL DA CONCESSIONÁRIA NA ÍNTEGRA
"A Concessionária que administra o Complexo Maracanã informa que vai recorrer da liminar obtida pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, que obriga a empresa a reassumir a concessão do estádio. A empresa reitera que tomou conhecimento da decisão na última sexta-feira, porém, ainda não foi notificada oficialmente.
A empresa reafirma só não reassumiu o Complexo Maracanã por conta das cláusulas do Termo de Autorização de Uso (TAU - em anexo), documento que disciplinou o uso do estádio e do ginásio pelo Comitê Rio 2016 durante os Jogos Olímpicos. De acordo com o contrato firmado entre a Casa Civil e o Comitê, o Maracanã e o Maracanãzinho só deveriam sair da administração da Rio 2016 depois de feitos todos os reparos. O próprio Comitê Rio 2016 admite que deixou várias pendencias nas instalações.
Entre as pendências apontadas pela vistoria da concessionária estão: a falta de um laudo que ateste que a cobertura não tenha sofrido danos mesmo após uma carga de 189 toneladas usada pelo Rio 2016, quando o Manual de Uso da construção prevê limite de 81 toneladas; falta de cadeiras nas arquibancadas, recolocação de catracas eletrônicas, publicidade do Comitê espalhada por todo o estádio, fechaduras quebradas e laudo que ateste que o sistema de drenagem do gramado não foi afetado pelas intervenções feitas pelo Comitê para a cerimônia de encerramento da paralimpíada. No ginásio do Maracanãzinho há um painel de energia danificado por um princípio de incêndio ocorrido durante os Jogos Olímpicos.
A Concessionária coloca à disposição dos interessados todos laudos e comunicações enviadas ao governo e ao Comitê Rio 2016.
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