No próximo domingo, a população do Rio de Janeiro vai às urnas na busca por traçar os rumos da política de sua cidade. Prestes a encerrar o Primeiro Turno da corrida eleitoral, o LANCE! traz, em entrevista exclusiva, os planos que a candidata a prefeita Jandira Feghali (PC do B) tem para o Esporte nos próximos quatro anos.
1 - O Rio ganhou vários equipamentos esportivos de classe mundial para a Olimpíada. Como a sua gestão pretende utilizá-los?
Reintegrando-os ao uso público, principalmente com escolas da rede. O legado olímpico é importante para desenvolvimento de inúmeros atletas em diversas modalidades. As estruturas são parte da cidade e fundamentais para a formação do futuro esportivo da cidade.
2 - A secretaria de esportes vai ser ocupada por alguém com forte conhecimento e ligação com a área ou vai ser usada em barganha política para algum partido da sua coligação?
Não somente nesta área nossa posição é de ter profissionais que conheçam daquela política pública setorial, assim será em todas as áreas por uma questão de princípios. Especificamente, vamos ouvir os profissionais do setor. Portanto, não há discussão de cargos nesse momento, mas a certeza é que a vaga será ocupada por alguém com experiência na área e visão de gestor.
3 - Qual sua opinião sobre a importância da Educação Física nos ensinos fundamental e médio?
Aumentar, ao longo do mandato, o tempo destinado à pratica da atividade física nas escolas da rede pública de ensino do Município do Rio de Janeiro, sempre ministradas por Profissionais de Educação Física e voltada para a prática de atividades inclusivas e de qualidade.
4 - Em sua visão é possível a prefeitura ajudar de alguma maneira os grandes clubes do Rio a se reerguerem tanto administrativamente quanto esportivamente? Qual a sua ideia ou sugestão sobre o assunto?
Os grandes clubes de futebol, mas não só estes, porque temos clubes de médio porte com história no futebol do Rio – América, Bangu, Bonsucesso, Olaria, Campo Grande, São Cristovão, por exemplo – devem ser geridos por profissionais para que não vivam em função de auxílios públicos. Todavia, há formas de parceria que podem fazer com que Prefeitura e Clubes encontrem um modo de fazer com seu maior patrimônio – sua população e torcedores sejam atendidos. É importante também limitar horário de início das partidas de futebol até 21h, visto o torcedor, como trabalhador, necessita de transporte e policiamento adequados enquanto ocorre seu retorno.
Também precisamos trabalhar com os ingressos sociais – preços populares. O futebol é o esporte de maior interesse da população carioca principalmente das camadas populares. O alto valor dos preços dos ingressos afasta a população dos estádios tornando o espetáculo esportivo cada vez mais elitizado. A proposta seria, promover preços populares para o cidadão que terá direito à tarifa zero de transporte. Esta proposta teria uma contrapartida da prefeitura junto aos clubes mandantes incentivos fiscais. O valor do ingresso não deve ultrapassar 4% do valor do salário mínimo.
5 - Qual deve ser o modelo de uso do Maracanã, já que o atual concessionário alega que não é viável no modelo atual? A prefeitura teria interesse em gerir este equipamento?
Estamos acompanhando o movimento das torcidas de futebol em suas reivindicações sobre voltar a ter no Maracanã o lugar especial – um templo do futebol – onde eles encontravam seus times de coração. Temos, mesmo, recebido algumas sugestões de torcidas e torcedores sobre como a Prefeitura do Rio poderia atuar nesse reencontro. Para tanto, deve haver uma discussão pública sobre a administração do estádio. Há propostas de uso integrado pelos clubes, de forma que ele se mantenha aberto ao povo e com uso eficaz pelos nossos atletas cariocas.