Integrantes de organizadas cariocas são presos; dirigentes são levados a depor
Dirigentes Anderson Simões, do Botafogo, Pedro Abad, do Flu, e Eurico Brandão, do Vasco, são alvos de condução coercitiva. Polícia investiga relação dos clubes com organizadas
A manhã começou agitada para os clubes do Rio de Janeiro. Líderes de torcidas organizadas foram presos numa ação de policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, em conjunto com o Ministério Público e com o Juizado Especial do Torcedor. Dirigentes dos quatro grandes clubes cariocas também são alvos de mandados de condução coercitiva.
Manuel de Oliveira Menezes, presidente da Young Flu, Luiz Carlos Torres Júnior, o Fila, vice-presidente da Young Flu, e Ricardo Alexandre Alves, o Pará, presidente da Força Flu foram presos. Carlos Roberto de Almeida, da Fiel Tricolor, não foi encontrado e é considerado foragido.
Alesson Galvão de Souza, presidente da Raça Fla, e Felipe Ferraz de Souza, o Fil, presidente interino da Fúria Jovem do Botafogo, foram levados a prestar depoimento. Os investigadores identificaram relações promíscuas entre clubes e torcidas, algumas até banidas pela Justiça. Porém, alguns líderes de organizadas recebiam ingressos e repassavam para cambistas.
O vice-presidente de Estádios do Glorioso, Anderson Simões, foi um dos alvos de condução coercitiva. A casa dele foi alvo de busca e apreensão. Também foram cumpridos mandados de prisão, e de busca e apreensão no Estádio Nilton Santos, em São Januário, no Maracanã e na Sede das Laranjeiras.
O presidente Pedro Abad, do Fluminense, foi outro alvo de condução coercitiva chegou à Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio, por volta das 11h30 desta sexta-feira. O mandatário estava acompanhado dos advogados do clube e, à imprensa no local, disse que não se manifestaria naquele momento.
Eurico Brandão, vice de futebol do Vasco e filho do presidente Eurico Miranda, também é esperado pela polícia para prestar esclarecimentos nesta sexta.