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São Paulo
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Figueirense

São Paulo vence o Figueira com virada incrível no fim e segue no G4

Jogo teve duas viradas e gol de Luis Fabiano em sua despedida do Morumbi. Definição no placar veio no último minuto da partida, com um belo chute de Thiago Mendes

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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 28/11/2015
19:08
Atualizado em 28/11/2015
21:23

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Luis Fabiano, Alan Kardec e Thiago Mendes. Nessa ordem, eles marcaram os três gols do São Paulo na vitória por 3 a 2 sobre o Figueirense, neste sábado, no Morumbi. Virada incrível, nos minutos finais e com o gol da vitória aos 49 - derrubando o adversário que vencia por 2 a 1 até os 45. O estádio explodiu!

A sequência que garantiu o resultado, obtido no último lance de jogo, quando o futebol dos donos da casa mais uma vez esteve longe de agradar, traz um fio de esperança a um clube que está despedaçado. Kardec e Thiago são das poucas coisas boas que o Tricolor tem neste momento. Já Luis Fabiano se despediu de maneira honrada do Morumbi e não estará no clube em 2016 - o foco é na outra dupla, portanto.


Dupla que mostrou tudo o que o São Paulo menos tem mostrado há tempos. Thiago foi um dos únicos a se doar pelo outro, correr, buscar jogo, se movimentar, arriscar. Comportamento contrário à acomodação aparente dos demais. No fim, quando outro vexame já se aproximava, ele foi premiado com o gol épico da vitória. Merecido. Não para o São Paulo.

"Estávamos perdendo, conseguimos sair com a vitória. Valeu a luta, determinação, garra do grupo, três pontos importantes", disse Luis Fabiano

O São Paulo parou no tempo. Foi Rogério Ceni quem disse isso, em meados de 2013. Mais de dois anos se passaram e o cenário é o mesmo. A vitória, que deixa a equipe bem perto da vaga na Libertadores-2016, apenas aliviou o momento desastroso, mas deu sinais da crise.

O fracasso evidenciado nos gols de Clayton e Carlos Alberto passa por administrações desastrosas, contratações equivocadas, trocas constantes de técnicos, roubo, mau uso do dinheiro, falta de comprometimento de dirigentes e jogadores e, principalmente, a maldição de usar o clube em causa própria. Há tempos que o São Paulo faz mais bem às pessoas do que as pessoas ao São Paulo. É uma instituição a serviço de interesses menores.

O São Paulo é estático. Com poucas exceções, como o já citado Thiago Mendes, todos passaram a maior parte do jogo esperando que a "qualidade" de cada um decidisse. Esforço a mais? É só ver que o pouco de sucesso veio quando os jogadores saíram da zona de conforto, algo raro. O gol de Luis Fabiano, que abriu o placar, é emblemático. Numa das poucas movimentações interessantes do ataque, Pato roubou a bola no meio de campo, conduziu e passou ao centroavante, que tabelou com Ganso. No bate e rebate dentro da área, o Fabuloso marcou aos 11 minutos. Na comemoração, todos os jogadores foram saudar o centroavante, já ajoelhado no escudo do clube, chorando como na hora do hino. Um ato de união? Sim, mas em pró do jogador, não do clube, como o jogo e o ano mostraram.

Já no gol de Carlos Alberto, no segundo tempo, quando o Figueirense virou, a maioria dos são-paulinos ficou parado, sem reação, um olhando para a cara do outro. Foi a mesma reação estática de Hudson no primeiro gol dos visitantes, quando largou Clayton sozinho na cara de Denis, pregado dentro do gol, protagonizando uma cena incompreensível.

A torcida, diante de mais humilhação, claro, não perdoou. Vendo os jogadores ali, sendo tudo menos um time, disparou para todo lado. Atacou Lucão com vaias, xingou Michel Bastos, Pato, Reinaldo. Exageros, distorções, compreensão. O torcedor comum, que não tem motivações maiores que não o sucesso do clube, está magoado, humilhado com tantos fracassos recentes e qualquer reação parte daí. Mereceu comemorar uma vitória.

Que Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e sua turma, encontrem soluções para recolocar o São Paulo no tempo. A vitória não pode iludir. É preciso pensar para frente, para tirar o time da estagnação. Alan Kardec e Thiago Mendes podem ser exemplos. Luis Fabiano, que se despediu de forma honrosa do Morumbi, ficou no passado. Rogério Ceni, que ainda receberá homenagens, também. É hora de caminhar com as próprias pernas.

FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO 3 x 2 FIGUEIRENSE


Local: Estádio do Morumbi, São Paulo (SP)
Data-Hora: 28/11/2015 - 17h (horário de Brasília)
Árbitro: Wagner Reway (MT)
Auxiliares: Eduardo Gonçalves da Cruz (MS) e Fabio Rodrigo Rubinho (MT)
Público/renda: 20.034 pagantes/R$ 511.591,00
Cartões amarelos: Rodrigo Caio (SAO), Marquinhos, João Vitor, Carlos Alberto e Juninho (FIG)
Cartões vermelhos: -
Gols: Luis Fabiano (11'/1ºT), Alan Kardec (45'/2ºT) e Thiago Mendes (49'/2ºT)(SAO), Clayton (27'/1ºT) e Carlos Alberto (29'/2ºT) (FIG)

SÃO PAULO: Denis; Bruno (Alan Kardec, aos 15'/2ºT), Rodrigo Caio, Lucão e Carlinhos; Thiago Mendes, Hudson e PH Ganso; Michel Bastos (Auro, aos 30'/2ºT), Alexandre Pato (Centurión, aos 19'/2ºT) e Luis Fabiano. Técnico: Milton Cruz.

FIGUEIRENSE: Alex Muralha; Leandro Silva, Marquinhos, Thiago Heleno e Juninho; Fabinho, João Vitor (Paulo Roberto, aos 13'/2ºT), Yago (Rafael Bastos, aos 27'/2ºT) e Carlos Alberto; Clayton (Thiago Santana, aos 32'/2ºT) e Dudu. Técnico: Hudson Coutinho.

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