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Pai de zagueiro morto critica piloto e lamenta ‘desrespeito’ de Temer

Osmar Machado, pai do zagueiro Filipe Machado, morto na tragédia em Medellín, deu entrevistas nesta sexta-feira de manhã, na Arena Condá, em Chapecó

Felipe Machado - Chapecoense
Filipe Machado morreu no desastre aéreo (Foto: Divulgação/Chapecoense)

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Osmar Machado, pai do zagueiro Filipe Machado, morto na tragédia que vitimou 71 pessoas no avião da Chapecoense na Colômbia, fez duras críticas ao presidente da República, Michel Temer, e ao piloto da aeronave que caiu em Medellín. Machado, ao ser informado de que teria de ir ao aeroporto neste sábado, dia do velório na Arena Condá, para recepcionar Temer, ficou indignado. O presidente não irá ao estádio.

- Falaram que eu vou ter de sair daqui e ir ao aeroporto dar um abraço no Temer. Eu acho um desrespeito a essas pessoas. Se ele quiser, que venha aqui. As pessoas importantes somos nós e nossos filhos que morreram. Eu não vou, não arredo o pé de perto do meu filho para cumprimentar o Temer. O que eu quero com esse tipo de coisa? Não preciso do cumprimento dele no aeroporto. Ele precisa ter dignidade e vir aqui. A importância não é ele estar no aeroporto, isso não representa nada - disse Osmar, à ESPN Brasil.

A assessoria da presidência da República soltou uma nota oficial confirmando que Temer ficará no aeroporto: "O presidente Michel Temer participa, na manhã deste sábado, no aeroporto de Chapecó, da Cerimônia de Honras Fúnebres em homenagem às vítimas do acidente com o avião que transportava a delegação da Associação Chapecoense de Futebol e jornalistas para a partida contra a equipe do Atlético Nacional de Medellin. Durante a cerimônia, o Presidente da República vai entregar às famílias a Medalha da Ordem do Mérito Desportivo como reconhecimento do governo federal e do povo brasileiro pelos serviços prestados ao País por todos os que estavam naquele vôo."

O pai do zagueiro, que completou 66 anos justamente no dia da morte do filho, também fez duras críticas ao piloto do avião que caiu na terça-feira. Ficou constatado que a aeronave pilotada por Miguel Quiroga caiu por falta de combustível.

- Eu acho que o cara foi irresponsável. Ele deveria ter parado a aeronave, reabastecido. A Chapecoense tem dinheiro em caixa, não teria problema. Ele arriscou e o avião ficou dando voltas. Se tivesse combustível poderia circular. Avião não cai, avião derrubam. Agora vai fazer o quê? Ele morreu, o avião era dele. A história do avião era boa, mas pela ganância dele... Ele preferiu matar 70 pessoas - afirmou Osmar Machado.


Depois de ser velado neste sábado, na Arena Condá, o corpo de Filipe Machado será levado a Porto Alegre para velório no Grêmio, clube que procurou a família primeiro oferecendo ajuda, já que Matheus Biteco, ex-gremista, estará no Tricolor. A família foi procurada pelo Internacional, que revelou Filipe em suas categorias de base, apenas depois, quando a situação já estava revolvida com o Grêmio.

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