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Campo Neutro: Loucuras no Chelsea e no US Open

Colunista do L! analisa o momento do tenista Frances Tiafoe no Grand Slam e a fase do clube londrino, agora com Todd Boehly como dono

Frances Tiafoe e Todd Boehly
Frances Tiafoe e Todd Boehly (Montagem Lance! Fotos: AFP)

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Vocês sabem quem é Frances Tiafoe? Ou Todd Boehly? Cada um dos dois, à sua maneira, incendeia a internet nas últimas horas. A internet, diga-se - para repetir uma antiga frase de Stanislaw da Ponte Preta em relação á televisão daquela época - é uma máquina de fazer doidos. Está cheia de boatos, rumores, falsas verdades, meias verdades, inverdades, fake news...

É bom, por sinal, lembrar ao respeitável público que a palavra news em inglês, apesar do “s” ao fim, é singular. O correto é “the news is”, não “the news are”. Uma língua meio doida.

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Frances Tiafoe incendeia a internet porque, meio surgido do nada, transformou-se na grande sensação do US Open de tênis. Para início de conversa, eliminou Rafael Nadal. Agora passou pelo russo Andrey Rublev, nas quartas-de-final, com uma surrealista atuação em que, entre outras coisas, ganhou o “tiebreak” do segundo ‘set” por 7 a 0.
Quantas vezes vocês já viram alguém ganhar um “tiebreak” por 7 a 0?

Especialmente em uma quarta-de-final de um torneio Grand Slam, em que todos os jogadores são de alta qualidade? Rublev simplesmente perdeu o rumo e acabou derrotado em “sets” diretos.
Tiafoe é (1) negro e (2) filho de uma família pobre que emigrara da Serra Leoa. Seu pai trabalhava como zelador de um clube de tênis. O filho começou a brincar com raquetes e agora está a caminho de se tornar milionário. É a própria definição do que por aqui se chama
“The American Dream”.

Mas outro americano está fazendo loucuras em outro lugar. Este já era milionário ou, melhor dizendo, bilionário: trata-se do investidor Todd Boehly, do conglomerado Clearlake, que se tornou o dono principal do Chelsea, em Londres. Clube complicado está ali mesmo. Pertenceu ao oligarca russo Roman Abramovich, mas não
vou tomar o tempo dos leitores com o que se passou em sua gestão e como ele foi obrigado a se desfazer do Chelsea.

O fato é que Boehly assumiu e, em tempo ultra rápido, demitiu o técnico alemão Thomas Tuchel, que levara o time a ganhar a Champions League e o Mundial de Clubes. Dizem que Boehly não gostou porque, ao ser perguntado se deveria contratar Cristiano
Ronaldo, Tuchel disse que o português “está ultrapassado”. Agora quem está ultrapassado é ele, Tuchel. Terá que cantar em outra freguesia.

A Premier League mal começou e o Chelsea está na cola do Manchester United e à frente do Liverpool. Não é má companhia. Loucuras, porém, acontecem.

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