Fabrizio Gallas: ‘Obrigado, Roger Federer!’
Blog comenta a aposentadoria do suíço anunciada nesta quinta-feira
Mensurar o que Roger Federer, que anunciou sua aposentadoria, fez em sua carreira é ficar horas e horas escrevendo, contabilizando números, recordes e tudo o que ele representou ao esporte.
Muito mais que os números e seus 20 Grand Slams, 103 títulos, mais de 1.250 vitórias, recorde com oito Wimbledons, maior número de semanas seguidas no topo do ranking, mais de 300 como número 1, Federer representou um estilo clássico e bonito de ver. Representou o talento puro e nato, a plasticidade que encantou a todos por cerca de 24 anos no circuito, desde seus 17 até seus 41 anos.
Federer também cativou fora das quadras. Deslizes só quando juvenil, onde era rebelde e quebrava raquetes. Aprendeu a ser um gentleman, foi ponderado na maioria das vezes, deixando as polêmicas de lado. Essas não iriam construir um caráter adequado ao que o tênis merece e nem dariam exemplo para que todos seguissem.
Soube sair de uma rivalidade exacerbada a uma rivalidade saudável e produtiva com Rafael Nadal. Quem não lembra do choro em final na Austrália em 2009 e algumas rusgas que os dois tiveram no período que o espanhol assumiu o topo em 2008? Ficou no passado, e ambos construíram uma relação muito produtiva que só trouxe ganhos para o esporte. Relação de respeito e de grandiosidade para o esporte.
Federer ainda foi importante com sua missão na África, ajudando vários países com sua Fundação.
O suíço trouxe uma imagem super positiva que vai deixar saudades no tênis. E certamente ainda seguirá no esporte, espero eu, trazendo todo seu know-how ao circuito.
Hoje, 15 de setembro, é um dia triste pois perdemos um ídolo. Mas o sofrimento para ele acaba após três cirurgias, dores e lesões.
Federer será eterno. Em todos os corações de quem gosta ou ama o tênis.
Obrigado, Roger!