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Garone: ‘Torcida segue sendo o maior combustível do Vasco’

Time foi eliminado pelo rival na semifinal do Carioca

Flamengo x Vasco
imagem cameraGabriel Pec travou um bom duelo com Filipe Luís pelo lado (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 21/03/2022
01:32
Atualizado em 21/03/2022
12:02

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O vascaíno que acreditava na classificação do time para a final do Campeonato Carioca, o fazia pelo impulso natural de torcer. É algo inerente à sua função. Era sabido por todos, no entanto, que o Flamengo se colocava na posição de favorito por quase todos os aspectos possíveis do jogo: a qualidade do elenco, do time, o melhor momento, o maior investimento e a vantagem conquistada - 1 a 0 no 1º jogo e a igualdade de resultados.

Sobrava ao Vasco o imponderável, o inestimável. Pode parecer pouco, mas no futebol, e principalmente em clássicos, ele costuma surgir. Com uma frequência suficiente para fazer o torcedor acreditar de maneira concreta. A presença de milhares de cruz-maltinos em São Januário no treino de sábado deixava isso bem claro.

O torcedor que lá esteve foi para apoiar, não necessariamente para cobrar uma vitória. A exigência era outra: que se tentasse. Isso porque o time de Zé Ricardo se absteve de jogar no primeiro confronto. Passou 45 minutos inteiros no 1º tempo sem dar um chute sequer. Pior: sem ultrapassar o meio de campo, sem trocar cinco passes consecutivos. Não era nem uma questão de atuação ruim, mas sim de não atuar.

Por força da torcida, desejo dos jogadores ou escolha do treinador - ou um pouco de cada -, a postura mudou no segundo duelo. E o reflexo foi visto nas arquibancadas, principalmente durante o intervalo. Com o placar ainda zerado, a equipe deixou o campo sob aplausos e gritos dos torcedores presentes. E assim foi até o apito final, mesmo com a derrota.

O time, que antes parecia ter medo da bola, conseguiu alternativas de saída e construção. Sem o medo excessivo, com os laterais mais soltos e sem a linha de seis defensiva, agrediu mais o Flamengo, forçou erros na saída e dificultou a transição rubro-negra. Pecou, como era de se esperar, na qualidade individual, uma deficiência ainda não resolvida no elenco.

O resultado pode até ter sido o mesmo do clássico anterior, mas o nível de atuação foi bem diferente. Principalmente quando o placar ainda estava zerado. A começar pela postura do time. Perder e ganhar faz parte do esporte, o "como" é que muitas vezes define o sentimento do seu torcedor. E o desse domingo, mesmo com a eliminação, certamente foi diferente do de quarta-feira para o vascaíno.

A caminhada do Vasco será longa em 2022. Entre tantas incertezas ainda existentes, no entanto, uma velha certeza se mantém cada vez mais firme: a torcida segue sendo o maior combustível do time.

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