Coluna do Garone: ‘Camisa 10 de Dinamite já é imortal’

A imagem é inconfundível. De braços abertos, com a 10 às costas, Roberto Dinamite corre na direção da torcida para celebrar mais um gol com a camisa do Vasco. Imagem por mais de 700 vezes repetida. O retrato de um ídolo, de um imortal.

O número completa as costas de Dinamite como uma tatuagem, assim como a Cruz e a faixa. Fazem parte dele. Roberto Dinamite é dez, como nenhum outro foi e, talvez, nenhum outro será na história vascaína. Até por isso precisa ser lembrado.

Nós vimos Dinamite, vivemos Dinamite, mas as gerações futuras não terão esse privilégio. Será preciso relembrar, sempre. E a imagem da camisa 10 é uma grande oportunidade para isso. É preciso mostrar seu peso, seu valor. Pra isso, é necessário falar de quem a usou, contar seus feitos e conquistas. Algo que Roberto tem de sobra.

Aposentar a camisa 10 é tirá-la dos olhos e do imaginário do torcedor. Num futebol aonde os números se parecem cada vez com os resultados da mega-sena, manter a alma da 10 viva é a maior das homenagens. Que cada um que a receba saiba sua origem. Que cada vascaíno que nasça pós-Dinamite escute de seus pais a história do ídolo sempre que a vê-la entrar em campo.

A camisa 10 de Dinamite já é imortal, tal qual o seu dono. E, assim como ele, precisa ser lembrada e reverenciada sempre.