Um sertanejo na Rússia: hora de agradecer e se despedir de um sonho
No último capítulo da aventura muito louca na terra da Copa do Mundo, nosso repórter arretado joga o roteiro fora e lembra que um evento assim vai muito além da presença
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"Ontem eu sonhei que estava em Moscou..."
...E realizava um sonho. O sonho de cobrir toda uma Copa do Mundo. Bicho, tu tem noção do que é isso? Mas pera. Esse post derradeiro não é para falar do Sertanejo, que já cansou de peregrinar pela Rússia. Esse post é para falar de quem está por trás de tudo isso, oxente!
Ninguém chega a uma Copa sozinho. Seja jogador, treinador, jornalista, o escambau! E se o Sertanejo chegou nessa Copa e trouxe todas essas maluquices que vocês viram aqui, é porque teve muita gente por trás disso. Mas muita! E, cabra, me desculpe, mas se tem um jeito melhor de finalizar uma história do que agradecendo eu não conheço.
Rapaz, eu comecei minha aventura lá em Sochi, como você viu aqui, né? E lá me aconteceu uma coisa muito louca. Para quem não se lembra, Sochi foi a cidade onde o Brasil ficou concentrado durante a Copa. Praia, sol e tal. Eu fiquei lá também. Era o único representante da reportagem do LANCE!, mas não estava sozinho. Nunca! Toda a equipe estava comigo de alguma forma! E não é que uma hora no apartamento eu olhava pro lado e via lá o menino Fellipe Lucena, repórter nosso da cobertura do Palmeiras, clareando tudo com a mente preciosa dele? O prodígio não veio à Rússia, mas eu o vi em todos os momentos da cobertura.
Rapaz, eu ia mandando as reportagens pro site e volta e meia me pegava lembrando do William Correia, nosso repórter que faz a cobertura do São Paulo. Eu olhava pro canto enquanto ainda não tinha encontrado a notícia, e tava lá o William sorrindo me incentivando. Cabra bom da peste! Era assim com o Thiago Ferri, reporterzão do Palmeiras, o carisma em pessoa. Se eu quisesse ganhar força para sorrir, era nele que eu pensava, e logo ele estava ali na sala solitário do meu apartamento me fazendo companhia.
Bicho, eu imaginei o Guilherme Amaro, repórter do Corinthians, puxando assunto comigo toda hora. "Tem alguma sugestão?" Aquilo me motivava. Eu estava na Rússia, mas meu coração esteve muito no Brasil.
E foi assim com Yago Rudá, repórter de São Paulo, Gabriela Brino, repórter de Santos, e Ana Canhedo, também de Santos mas de Brasil. Ana acompanhou o sertanejo durante toda a cobertura. O sertanejo falou mais com ela do que com o Neymar em toda a Copa. Também pudera, né...
Não haveria uma linha nesse espaço se não fosse o repórter Rodrigo Vessoni, que ficou muitos anos no LANCE!, e hoje está no site "Meu Timão". Ele que deu a ideia de contar histórias russas com o olhar de quem nasceu no sertão da Paraíba. Tudo que você leu nesse espaço tem grande parcela de responsabilidade dele. Então você já sabe a quem xingar se não ficou satisfeito. É brincadeira!
Agradecer é algo que enobrece, e na Rússia isso foi potencializado. É Copa do Mundo, né, amigos? No idioma deles, se diz "spasibo", o nosso obrigado. Então "spasibo" Murilo Dias e Paula Mascara, por terem cuidado tão bem dos vídeos bizarros que o sertanejinho mandava. Foram eles os editores das imagens loucos que você viu aqui. Spasibo aos colegas de redação do LANCE!, além dos grandiosos já citados, aos editores Valdomiro Neto, Vinicius Perazzini e Marcio Monteiro pela paciência e atenção com esses devaneios aqui. Vocês representam muita coisa!
Um agradecimento à equipe do LANCE! que esteve na Rússia. Ao Bernardo Cruz, dos vídeos e passeios por Moscou, ao Thiago Salata, nosso editor que que tanto enobreceu a cobertura, ao Carlos Alberto Vieira, o Beto, também presente no pais da Copa. Um time é sempre mais forte quando o coletivo se sobressai ao individuai. Eita que o sertanejo ficou tão perto da Seleção que já tá falando igual ao Tite! Nã!
Agradecer à toda a equipe do LANCE!, que de alguma forma contribuiu para a cobertura, aos companheiros de jornada na Rússia, que não foram poucos. Acredite, você sai do seu país para trabalhar e forma lances que nunca antes imaginou. A Copa do Mundo também é espaço de união. Assim sobra "spasibo" também para quem torceu, de perto ou de longe, para o sucesso. Esses sabem que nem precisam ser citados aqui porque o coração é nobre demais e logo será tocado. É um "bachi" por dia na vida, e você só levanta se tiver em quem se apoiar.
O sertanejinho rodou por Sochi, Rostov-on-Don, Samara, Kazan, São Petersburgo e Moscou. Foram muitas histórias, muitas emoções, muitas experiências, muitas divididas com vocês aqui. Não teve "pagode russo" na boate Cossacou, mas teve forró, carne de cavalo e caviar. Teve aperreios, muitos rios e cidades lindas. Teve felicidade e aprendizado. E nada disso seria possível se não fosse todos esses que aqui passaram. Só resta dizer "spasibo", ou obrigado.
"Ontem eu sonhei que estava em Moscou...". Não era sonho, não, e tinha muita gente comigo! A você que acompanhou todas essas histórias, o meu muito obrigado! Com sorte, nos vemos por aí, nem que seja no Catar!
*Marcio Porto é repórter do LANCE! desde 2008 e está em sua segunda cobertura de Copa do Mundo - a primeira foi no Brasil. Paraibano de São Sebastião de Lagoa de Roça, cidade de pouco mais de 11 mil habitantes, irá desbravar as terras russas com a sede e fome do sertanejo. Cabra da peste que é, trará os relatos aqui para você! Simbora!
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