No duelo dos craques, Lucas Moura leva a melhor sobre Renato Augusto com ajuda do coletivo
Atacante foi decisivo na classificação do Tricolor sobre o Timão
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A vitória do São Paulo sobre o Corinthians por 2 a 0, que valeu a classificação do Tricolor para a decisão da Copa do Brasil, foi uma pequena amostra de que, no futebol moderno, craques não resolvem nada sozinhos se não estiverem inseridos em um coletivo organizado.
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As atuações de Lucas Moura e Renato Augusto, os craques de São Paulo e Corinthians respectivamente, indicam isso. Enquanto o atacante foi decisivo para a virada da sua equipe, com o segundo gol da partida - que sacramentou a classificação - o meio-campista teve dificuldades para brilhar.
Mesmo com uma invencibilidade de 11 jogos, o Alvinegro sempre se baseou em jogadas individuais para vencer suas partidas, naquilo que Vanderlei Luxemburgo chama de 'empírico' do futebol. Com a necessidade de segurar a vantagem conquistada no primeiro jogo - e depois reverter o placar construído pelo Tricolor - o Timão não tinha recursos coletivos para incomodar o rival.
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Este contexto dificultava a atuação de Renato Augusto, que não recebia passes com qualidade e nem encontrava companheiros em boas condições de fazer o jogo fluir.
Situação completamente inversa aconteceu com Lucas Moura, que sabia exatamente onde encontrar seus companheiros, como dar prosseguimento às jogadas e onde se posicionar dentro de campo. Dados da plataforma 'Sofascore' nos ajudam a entender melhor essa diferença (veja abaixo).
Além do mapa de calor, que indicam um Renato disperso em campo, precisando aparecer em todos os espaços do campo para solucionar defeitos da equipe, os números apontam que o camisa 8 da equipe passou a maior parte do jogo distante do gol, impossibilidade de criar chances de finalização para a sua equipe.
O mesmo não pode ser dito de Lucas que, além de ter balançado as redes, deu dois passes decisivos (que dão sequência a uma jogada) para companheiros de time e finalizou mais contra o gol de Cássio.
No fim das contas, não se trata de um duelo sobre quem é melhor, e sim quem é melhor aproveitado dentro de sua equipe. Lucas Moura decidiu a partida pois tem um coletivo que joga junto com ele. Renato Augusto sofre em um time onde cada jogador joga por si.
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