Repertório tático de Scaloni é trunfo para Argentina na final da Copa do Mundo
Sem medo de mudar a equipe, Scaloni ganha prestígio pelas leituras táticas durante a Copa no Qatar
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Desde a derrota na estreia para a Arábia Saudita, a Argentina vem disputando “mini-decisões” para se manter viva na Copa do Mundo. A caminhada até a final passa muito pela genialidade de Messi, mas o técnico Lionel Scaloni merece muitos créditos pela percepção tática ao longo do Mundial.
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Por ser uma competição disputada em um curto espaço de tempo e com caráter decisivo do começo ao fim, o papel do treinador é ainda mais importante para corrigir erros, e Scaloni vem sendo certeiro nas mudanças, mostrando coragem para mexer no time de acordo com o adversário.
A mais clara das alterações veio na rodada final da fase de grupos, contra a Polônia. O meio-campo argentino apresentava deficiências na criação de jogadas, e Lautaro Martínez não estava funcionando como parceiro de Messi no ataque.
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Assim, Scaloni definiu Mac Allister e Enzo Fernandéz como titulares no meio-campo e deu chance para Julián Álvarez, que vinha entrando bem como reserva. O resultado foi uma atuação dominante contra os poloneses, com o trio participando ativamente dos dois gols.
No primeiro jogo do mata-mata, para superar o esquema defensivo da Austrália, Scaloni optou por um novo desenho tático, colocando Papu Gómez como terceiro atacante, ao lado de Messi e Julián Álvarez, e a equipe argentina não teve problemas na defesa e no ataque.
Já contra a Holanda, o treinador da seleção alviceleste espelhou o esquema tático de Van Gaal, colocando Lisandro Martínez para formar uma linha de cinco na defesa e dando liberdade para Molina e Acuña atacarem. O reflexo veio no primeiro gol, em que Messi achou lindo passe para o ala-direito argentino abrir o placar.
Na semifinal, mesmo com Di María recuperado, o treinador fez a leitura de povoar o meio-campo na tentativa de anular as principais peças dos croatas (Modric, Kovacic e Brozovic) e colocou Paredes ao lado de De Paul, Mac Allister e Enzo Fernández. Dessa forma, a Argentina teve superioridade no setor e encaminhou a classificação ainda no primeiro tempo.
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