CR7 marca de todos os jeitos e se mostra única esperança de Portugal
Em uma seleção que sofre até para se defender, craque exibe sua precisão outra vez, se isola como o artilheiro do Mundial e leva a sua equipe à primeira vitória na competição
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A lição que a Copa do Mundo na Rússia tem dado não é lá uma grande novidade: se você tem Cristiano Ronaldo, nem precisa ser tão eficiente. Nesta quarta-feira, o atacante fez gol de cabeça, única forma com a qual ainda não tinha balançado as redes no Mundial, e garantiu a primeira vitória de Portugal na competição: 1 a 0 sobre Marrocos, mesmo com o time jogando mal.
Os comandados de Fernando Santos apresentam uma série de problemas de organização, tanto que levaram sufoco e precisaram de defesas do goleiro Rui Patrício diante de um adversário com claras dificuldades para finalizar por falta de qualidade. Os lusos não conseguiam nem acionar direito Cristiano Ronaldo, que caminhava no campo de ataque tentando solucionar, irritado.
Para sorte da equipe, porém, CR7 não precisa de muitas chances para finalizar. Na estreia, diante da Espanha, na sexta-feira, ele garantiu o empate por 3 a 3 cobrando pênalti e falta com a perna direita e em chute de perna esquerda. Só não fez gol de cabeça, mas cumpriu todos os quesitos já na segunda partida do Mundial, nesta quarta-feira.
Foi na primeira oportunidade clara de gol portuguesa, aos quatro minutos, que o camisa 7 testou nas redes. A segunda também passou por ele, entregando para Gonçalo Guedes finalizar e obrigar o goleiro marroquino a fazer grande defesa. No segundo tempo, com atuação ainda pior dos portugueses, isolou uma bola que sobrou em seu pé e cobrou falta na barreira.
Mas ficou claro que Cristiano Ronaldo, sempre um protagonista, já não é mais alguém que tenta carregar sozinho a seleção, por mais que os números apontem isso. Logo depois do gol que fez, voltou ao meio-campo cobrando concentração dos colegas. Ao longo da partida, desesperava-se por não ver a bola sair da defesa. Quando a tinha nos pés, tentou segurá-la no ataque o quanto pôde e até realizou desarmes.
O fato é que o camisa 7, para variar, foi decisivo. Isolou-se como artilheiro da Copa do Mundo, com quatro gols, ganhou de novo a eleição de melhor em campo e, assim, segue para confirmar, diante do Irã, na segunda-feira, a classificação portuguesa para as oitavas de final. E continua em sua luta para fazer do time um dos grandes nomes do Mundial. Cristiano Ronaldo, sozinho, já é. Como se espera de alguém eleito cinco vezes o melhor do planeta.
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