Exclamações do Editor: ‘Deu resultado aumentar a pressão no fim
'A entrada de Douglas Costa melhorou muito a Seleção e, já nos primeiros minutos da segunda etapa, o Brasil tinha mostrado um futebol de muito mais agressividade'
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A Seleção deu uma chance para a Costa Rica abrir o placar mal o jogo havia começado. Por sorte, o chute de frente para Alisson foi para fora. Mas foi único lance de real perigo dos costa-riquenhos. Num primeiro tempo no qual o Brasil jogou bem torto, sem que o lado direito fizesse parte do nosso plano de jogo. Nas poucas vezes em que a bola esteve por lá, Willian nada produziu. Neymar ficou estático na esquerda, facilitando a dura marcação que sofreu. Seguiu ainda prendendo muito a bola numa parte do campo onde uma falta não traz perigo para o rival.
O Brasil jogava sem se afobar, mas fazia a transição de forma muito lenta quando roubava a bola na defesa. Também Casemiro não teve atuação boa, errando muitas bolas. A entrada de Douglas Costa no segundo tempo melhorou muito a nossa equipe e, já nos primeiros minutos da segunda etapa, o Brasil tinha mostrado um futebol de muito mais agressividade que no primeiro tempo inteiro. Espaços se abriram pelo lado esquerdo e Neymar, Jesus e Coutinho puderam criar o que não tinham criado até então. A cabeçada na trave de Jesus foi a melhor finalização. As várias outras, sempre no meio do gol. Navas não fez nenhuma defesa difícil em todo o jogo. No fim, saímos do sufoco com os três pontos. Tenho esperança que esta vitória traga de volta o futebol que estávamos jogando antes!
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Quem jogou futebol de salão sabe a utilidade de um chute de bico. E os que já têm mais de 50 anos lembram do kichute, tênis preto que era propício para dar “bicancas” nas quadras. O saudoso humorista Bussunda dava de bico e fazia gols assim nas quadras do clube israelita Asa, na zona Sul do Rio, onde joguei muitas das peladas semanais da turma do Casseta nos anos 70. Foi no ASA que assisti a um show memorável de Gilberto Gil na época da ditadura, cercado de policiais. Pois bem, Coutinho teve que chutar de bico para colocar a bola no meio das pernas de Navas e marcar o gol. Este biquinho salvador seguiu a linhagem que já teve um de Romário nos Estados Unidos, em 1994, e outro de Ronaldo, no Japão, em 2002. Ambos levaram o Brasil a ser campeão!
Este Neymar?
Tomou tarde o cartão amarelo. A trombada inútil com Navas já merecia a punição. O juiz economizou e ainda o alertou duas vezes que os seus chiliques e gestos tinham que parar. É certo que Neymar sofreu duras faltas, sendo quatro (só três marcadas) até os 18 minutos de jogo. Mas isto não pode ser novidade para ele, nem tirar a sua concentração e nem irritá-lo a ponto de perder a cabeça. Jogadores talentosos e corajosos como Neymar devem pensar em tirar seus marcadores do jogo. Ele tem que deixar para o capitão pressionar o juiz para este dar os cartões que podem tirar de campo os marcadores.
Mas nosso astro maior estava visivelmente descontrolado já no início da partida. E mesmo após tomar o amarelo, xingou muito o adversário, na cara do juiz. Este Neymar lembra o da era Dunga, imaturo e descontrolado, e não cumpre seu papel de líder. Assim, vai faltar justo quando a equipe mais vai precisar dele. Tite precisa atuar. Ajustar já o comportamento de seu principal jogador é essencial. Ou voltamos para casa sem taça!
Que Thiago!
Partida perfeita a do nosso capitão. Não errou nada, foi soberano em todas as disputas!
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Não sei se Thiago fez bem em aconselhar Neymar a chorar para soltar a tensão. É certo que a pressão em cima destes atletas não é pequena, ainda mais numa Copa em que a Seleção chega como favorita. Em 2014, no Brasil, Thiago chorou e não quis bater seu pênalti na disputa contra o Chile na decisão das oitavas de final. Foi muito criticado por não ter o devido equilíbrio emocional que
um capitão precisa ter e transmitir. Que o choro de Neymar em 2018 traga este desejado alívio!
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