Galvão Bueno na Copa do Mundo: relembre narrações históricas do astro da Globo

Locutor esportivo narrará jogos do Brasil pela emissora direto do Qatar

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"Haja coração!". Falta pouco para a Copa do Mundo de 2022 e Galvão Bueno é, mais uma vez, presença certa para narrar os jogos da Seleção Brasileira pelo Grupo Globo. Desde a Copa de 1974, o locutor narra o torneio e ficou conhecido pelos históricos bordões criados durante partidas entre seleções. Portanto, o LANCE! relembra com você, torcedor, grandes narrações de Galvão, que transmitirá presencialmente os jogos no país-sede da competição. 

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É Tetra!

Em 1994, Galvão Bueno narrou a sua primeira final do Brasil em uma Copa do Mundo. Ao lado do Rei Pelé, que comentou os jogos da Amarelinha na edição, o locutor transmitiu a decisão da Copa de 1994 direto do Rose Bowl, estádio dos EUA.

Contra a Itália, a Seleção de Romário, Bebeto e companhia fez um jogo truncado na decisão. Diferente das outras três finais nas quais o Brasil havia se sagrado campeão até aquele ano, a partida terminou empatada em 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação.

Com a disputa por pênaltis, o nervosismo aumentou ainda mais, tanto dentro do povo brasileiro, quanto em Galvão e Pelé.

Porém, a Seleção foi muito bem: Romário, Branco e Dunga acertaram as suas cobranças, enquanto Márcio Santos desperdiçou penalidade. Do lado adversário, Baresi isolou e chute de Massaro parou nas mãos de Taffarel. Por último, Roberto Baggio bateu e também colocou a bola nas nuvens.

A cobrança de Baggio, que tornou o Brasil campeão do mundo depois de 24 anos, deixou Galvão e Pelé muito emocionados. Sob os gritos "É Tetra! É Tetra! É Tetra!", o locutor eternizou o momento e teve suas imagens, ao lado de Pelé, expostas para todo o público no telão do estádio.

Até hoje, a narração é reverenciada pelos brasileiros de diferentes faixas etárias e utilizada para diferentes contextos no dia a dia que envolvam qualquer tipo de comemoração.

SAI QUE É SUA, TAFFAREL

Nasceu como uma crítica e se tornou sinônimo de glória. Bordão da Copa de 1998, "Sai que é sua, Taffarel" era, antes da semifinal contra a Holanda, uma crítica de Galvão Bueno ao renomado goleiro campeão em 1994.

Muito experiente entre as balizas, o atleta não costumava sair do gol para pegar a bola. Dessa forma, o locutor pedia para ele sair mais debaixo das traves.

No entanto, na semifinal da Copa de 1998, realizada na França, tudo mudou. Em jogo com muitas chances criadas para os dois lados, o Brasil de Ronaldo e a Holanda de Kluivert empataram em 1 a 1 no tempo normal.

A partida foi para as penalidades, onde Taffarel e Galvão fizeram história de diferentes maneiras na edição anterior.

Quando a disputa estava 3 a 2 para o Brasil, com pênaltis convertidos, em sequência, por Ronaldo, Frank de Boer, Rivaldo, Bergkamp e Emerson, o holandês Cocu foi para a bola e Galvão fez questão de repetir a fala que, em muitos momentos, foi uma crítica.

O locutor não conteve a emoção com o "Sai, sai, sai que é sua, Taffarel!", que também se tornou bordão no cotidiano dos brasileiros.

O Brasil avançou para a grande final com vitória por 4 a 2 na disputa. Mesmo com a derrota por 3 a 0 para a França na decisão, o torneio ficou marcado por mais uma narração emblemática de Galvão.

Taffarel se tornou um dos grandes atletas da Seleção e atualmente é preparador de goleiros do Brasil (Foto: ANTONIO SCORZA / AFP)

QUE OLIVER KAHN, QUE NADA!

O Brasil chegou na sua terceira final consecutiva de Copa do Mundo em 2002. Depois do Tetra em 1994 e da derrota acachapante na decisão para a França de Zidane, em 1998, a Seleção Brasileira chegou desacreditada para a edição no Japão e na Coréia do Sul.

No entanto, com grandes jogadores e uma campanha impecável, o time de Felipão enfrentou a poderosa Alemanha, do goleiro Oliver Kahn, e venceu por 2 a 0 para erguer o pentacampeonato.

Em votação realizada antes da final do Mundial, Oliver Kahn foi eleito o craque da Copa do Mundo de 2002. Os usuários só não esperavam o que iria acontecer na decisão.

Com grande atuação da dupla Ronaldo e Rivaldo, o primeiro gol do Brasil saiu após uma falha do goleiro alemão. Ele não defendeu chute do camisa 10 do Brasil e viu Ronaldo ser mais veloz para empurrar a bola para o fundo das redes.

Logo após o gol, Galvão vibrou muito e alfinetou o arqueiro adversário.

- Que Oliver Kahn, que nada, bateu roupa o goleiro alemão. Ele provocou, provocou, provocou e falhou! - celebrou o narrador.

O Fenômeno ainda fez o segundo, em chute rasteiro indefensável, e se sagrou o craque da competição na opinião da maioria dos brasileiros.

LÁ VEM ELES DE NOVO

Não só os grande momentos foram marcados pela voz de Galvão Bueno. Em 2014, na semifinal da Copa realizada no Brasil, o locutor narrou o massacre da Alemanha sobre a Seleção, por 7 a 1.

Durante a avalanche de gols dos adversários, que marcaram cinco vezes na primeira etapa, termos como "Lá vem eles de novo" e "Virou passeio" foram utilizados e popularizaram entre os torcedores.

Ao lado de Ronaldo, que atuou como comentarista na partida, os dois lamentaram muito a derrota, considerada, por alguns torcedores, como a maior vergonha da história do país no esporte.

Se recuperando da contaminação do vírus Covid-19, Galvão deve narrar a abertura da Copa do Mundo de 2022, diretamente do Al Bayt Stadium, no Qatar, no dia 20 de novembro.

Em seguida, ele será a voz do jogo entre o país-sede e o Equador, válido pelo Grupo A, às 13h (de Brasília).

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