Isco e Golovin: sucessores de Iniesta e Arshavin lideram Espanha e Rússia

Da nova geração de meio-campistas, eles são os principais nomes das seleções que fazem duelo por vaga nas quartas. Conquistas de Iniesta e Golovin servem como espelho

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Viena, 2008. Esta foi a data do confronto entre Espanha e Rússia, pela semifinal da Eurocopa, o último oficial ocorrido entre elas. Dentro de campo, um duelo particular: Andrés Iniesta e Andrey Arshavin estavam entrando no auge de suas carreiras e lideravam suas equipes. Aquelas gerações passaram e, dez anos depois, dois nomes surgem para seguir esse legado. Isco e Golovin se enfrentam neste domingo, às 11h (de Brasília), em situação semelhante à de seus antecessores para ver quem vai às quartas da Copa do Mundo. 

O Mundial realizado por Isco tem sido exemplar. Nos três jogos da fase de grupos, atuou em todos os minutos. É o líder de dribles certos da equipe, o que mais criou chances para gol e um dos mais eficientes no passe (88% de acerto). Mesmo com a seleção espanhola não apresentando seu melhor futebol, o meia destoa positivamente com três exibições acima da média. É a referência técnica da Roja

Isco é visto como o futuro da Espanha. Aos 26 anos, foi titular na conquista do tricampeonato consecutivo da Liga dos Campeões pelo Real Madrid e é tratado como uma das principais joias do futebol mundial. Pela seleção espanhola, tornou-se a principal referência mesmo estando rodeado de jogadores experientes como Busquets e David Silva... Mas é com Iniesta que a semelhança bate mais forte. 

Considerado o maior jogador da história do futebol espanhol, Iniesta também era tratado como um jovem potencial em 2008 - na época, com 24 anos. Se Zidane tirou o melhor de Isco, coube a Pep Guardiola fazer de Andrés um dos pilares de uma revolução tática no futebol mundial. A coroação veio em 2010, quando fez o gol do título mundial na África do Sul. Na Rússia, deve disputar a Copa pela última vez e passar o bastão para seu sucessor. 

- Para nós, quando há gente com tanta qualidade para o futuro é uma boa notícia. Os jogadores novos que chegam à seleção têm que ser bem acolhidos por nós e o Isco demonstrou em pouco tempo quem tem talento e uma qualidade enorme. Só desejo que ele continue a crescer porque, embora já seja um valor seguro, será muito importante no futuro da seleção - declarou Iniesta. 

Iniesta e Isco devem dividir o meio de campo da Roja mais uma vez, com a meta de classificar a equipe para as quartas de final. O técnico Fernando Hierro garantiu a titularidade do goleiro De Gea, enquanto Koke e Thiago disputam a vaga no meio de campo. A Espanha deve ser escalada com: De Gea; Carvajal, Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Busquets, David Silva, Koke (Thiago), Iniesta e Isco; Diego Costa. 

Isco e Iniesta comemoram gol da Espanha (Foto: AFP)

Já Golovin é uma das maiores revelações da Copa do Mundo até agora. Aos 22 anos, foi uma surpresa logo na estreia, contra a Arábia Saudita. A seleção russa goleou por 5 a 0 e o meia deu duas assistências e marcou um gol. O desempenho deu confiança ao jogador, que passou a ser referência no meio campo e peça fundamental na conexão com o ataque.

Golovin traz leveza à parte central, transitando com muita mobilidade entre os setores. Por conta do seu estilo, é comparado pela imprensa mundial com Arshavin, ídolo e referência do novo futebol russo, que fez história com a geração de 2008 ao alcançar as semifinais da Eurocopa daquele ano.

O jogador defende as cores do CSKA, mas as boas atuações na Copa já o fizeram entrar no radar europeu e ser especulado em clubes como Juventus e Arsenal - onde Arshavin também fez história. Pelo profissional já foram ao todo 125 partidas, 16 gols e 15 assistências. Em 2016 conquistou seu primeiro título, o Campeonato Russo, pelo CSKA. 

Golovin passou por todas as categorias de base da Rússia, do sub-17 ao profissional, antes de estrar em 2015, com apenas 19 anos, convocado pelo técnico Fábio Capello, em um amistoso contra a Bielorússia. Neste domingo, deve compor a escalação russa que irá a campo com: Akinfeev; Mario Fernandes, Ignashevic, Kutepov e Zirkov; Gazinsky, Zobnin, Cheryshev, Golovin e Samedov; Dzyuba.

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