A seleção da Holanda nunca ganhou uma Copa do Mundo. Com três finais disputadas e três derrotas, as equipes marcadas por craques como Johan Cruijff, Neeskens e Robben não conseguiram passar por outras grandes seleções em decisões. Abaixo, o LANCE! conta com mais detalhes a história do país no torneio.
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Os vice-campeonatos em 1974, 1978 e 2010 foram os momentos mais marcantes da Holanda em Copas. Em 22 edições, a Laranja Mecânica participou 11 vezes da competição, tendo disputado pela primeira vez em 1934, quando não passou da primeira fase.
Em 1974, a seleção holandesa encantou o planeta, mas não terminou a competição com o título. Comandada por Rinus Michels e liderada por Cruijff, a equipe revolucionou o esporte com o "futebol total", modelo de jogo no qual os jogadores atuam em todas as posições do campo durante a partida, com enorme movimentação.
A Holanda chegou invicta na grande decisão, contra a Alemanha Ocidental, país-sede da competição. Aos 2 minutos, em Munique, Neeskens abriu o placar. Porém, com gols de Breitner e Gerd Müller, dois destaques alemães, os donos da casa viraram a partida e ergueram o título.
Quatro anos depois, a Laranja Mecânica não tinha mais Cruijff, mas seguia com grandes nomes em campo. Como no ano anterior, realizou uma grande campanha e chegou na decisão contra os donos da casa. Dessa vez, no entanto, o duelo foi contra a Argentina.
No Monumental de Núñez lotado, os noventa minutos terminaram em 1 a 1, com gols de Mario Kempes, para os hermanos, e Nanninga, para os holandeses. O tempo extra foi marcado pelo domínio dos mandantes: gols de Kempes, mais uma vez, e Bertoni, e segundo vice para o país europeu.
A Holanda demorou a chegar mais uma vez em uma final de Copa do Mundo. Em 2010, na primeira e única edição realizada em continente africano, o time de Robben, Sneijder e Van Persie eliminou o Brasil nas quartas, o Uruguai na semifinal, e pegou a Espanha na final.
No Estádio FNB, na África do Sul, a partida entre as duas grandes seleções foi marcada pelo alto número de cartões. Ao todo, foram 14 amarelos e um vermelho, aplicado para Johnny Heitinga, da Holanda.
O tempo normal terminou em 0 a 0 entre a Laranja Mecânica e os espanhóis, apelidados de "amarelões" por conta da ausência em finais até então. A prorrogação repetiu o enredo de 1978: a Holanda não resistiu, levou gol nos minutos finais - marcado por Andrés Iniesta - e ficou com o vice-campeonato pela terceira vez.
Agora, no Qatar, a Holanda integra o Grupo A, ao lado de Qatar, Equador e Senegal. Sob o comando de Van Gaal, a equipe de Memphis Depay e Van Dijk busca o título inédito para o país europeu.