Marrocos conta com pontos fortes para vencer a Espanha e avançar na Copa do Mundo

A seleção de Marrocos chega com força para enfrentar a Espanha nas oitavas de final da Copa do Mundo, nesta terça, às 12h (de Brasília). É a segunda vez na história que a equipe marroquina joga esta fase do torneio, buscando chegar ainda mais longe.

Há quatro anos, na Rússia, todas as cinco nações vindas do continente africano foram eliminadas na fase de grupos, acumulando oito pontos coletivamente. Na atual edição, o Marrocos contribuiu sozinho com sete pontos dos 24 no total na fase de grupos, provando que tem pontos fortes para "surpreender" uma das favoritas.

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O treinador Walid Regragui

Walid Regragui entende a cultura do país e sabe o que é preciso para vencer. Apesar de ter assumido a seleção apenas em setembro do último ano, soube como trabalhar os jogadores para este momento. Um dos principais pontos da gestão do treinador até aqui foi a volta de Hakim Ziyech ao time e a implantação de um esquema de jogo dinâmico.

O atacante havia se desentendido com a antiga comissão técnica da seleção, ficando fora até da Copa Africana de Nações. Quando foi nomeado, Regragui disse ao jogador todos os planos que hoje fazem com que o ponta seja uma das principais peças da equipe na disputa da Copa do Mundo.

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Defesa sólida e mentalidade europeia

A seleção de Marrocos é muito organizada defensivamente, fazendo com que seja muito difícil para os adversários marcarem um gol. Desde que Regragui assumiu o grupo, foi apenas um sofrido em seis jogos. 

A equipe conta com Achraf Hakimi na lateral-direita, que carrega uma mentalidade amadurecida de um jogador do Paris Saint-Germain, da França, para colaborar com a força do restante do elenco.

Marrocos é um daqueles países que têm jogadores que nasceram na Europa, com Hakimi sendo um deles. Isso traz um peso diferente. Estes atletas em questão são expostos desde cedo a instalações e mentalidades diferentes, levando isso para a seleção.

Marrocos se sente em casa no Qatar

Marrocos participou da Copa Árabe, sediada no Qatar, em dezembro do último ano. Com apenas jogadores nascidos no país, conseguiu chegar até a semifinal. Ainda que nenhum jogador da campanha esteja na Copa do Mundo, todos se sentem em casa.

O rei Mohammed VI, inclusive, reservou dois aviões e subsidiou o preço dos ingressos para que parte da população marroquina pudesse estar nos estádios no torneio, além de alguns que vivem no país árabe. A atmosfera, portanto, é como se os adversários entrassem em campo em algum estádio em Marrocos, trazendo ainda mais incentivo aos atletas.

A equipe marroquina tenta o feito inédito de avançar às quartas de final de uma Copa do Mundo, contando com esses pontos fortes para seguir surpreendendo e desbancando seleções favoritas no torneio.