Liberdade criativa de Portugal será colocada à prova mais uma vez na Copa do Mundo
Discurso do técnico Fernando Santos é para uma seleção menos engessada e mais criativa
“Não podemos ser matraquilhos”. Essa foi uma das frases do técnico Fernando Santos antes de Portugal enfrentar o Uruguai na Copa do Mundo. Matraquilhos nada mais é do que pebolim, e o discurso dele reforça o desejo de colocar em prática um futebol mais ofensivo e imprevisível, algo que a seleção portuguesa não conseguiu impor na estreia.
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Sim, os portugueses marcaram três gols contra Gana, mas a equipe ficou engessada e sem repertório ofensivo, especialmente no primeiro tempo, e é isso que Fernando Santos não quer ver em campo.
Desde o início da Copa, o técnico vem batendo na tecla da liberdade criativa dos jogadores, e contra Uruguai, uma seleção que tem por costume se defender antes de atacar, será um bom teste para ver se Portugal evoluiu nesse quesito.
- Eles têm liberdade total sabendo como reorganizar o jogo. Sabem que em posse é criatividade total. Quero essa variabilidade, por isso, estou a jogar num sistema mais híbrido. Não interessa quem está mais à direita ou ao centro. O que interessa é não perder a bola de forma fácil e ter a capacidade de recuperar, e quando o adversário tem posse de bola estarmos organizados defensivamente. É isso que pretendo - disse Fernando em entrevista coletiva.
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O coração desse sistema tático é o meio-campo, setor que deve ter mudanças após a baixa de Otávio, que sentiu um desconforto na coxa direita após a partida contra os africanos. O provável substituto deve ser William Carvalho, e assim Rúben Neves e Bernardo Silva terão mais liberdade para avançar e participar no ataque.
Mesmo assim, o desempenho ofensivo da seleção portuguesa vai passar pela postura da Celeste, que como disse Bernardo Silva, é imprevisível. Caso os uruguaios se arrisquem mais, Portugal deve encontrar um cenário parecido ao segundo tempo contra Gana, e a equipe mostrou que sabe aproveitar os espaços. Se o Uruguai vier mais defensivo, a seleção lusitana não pode repetir os erros da estreia para conseguir a classificação antecipada.