Técnico do Irã sobre ser ignorado por CR7: ‘Portugal não começou com ele’
Carlos Queiroz não conversa com o astro desde que saiu da seleção portuguesa, há oito anos, e questiona até opção do árbitro de não expulsar o craque na partida de segunda
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Carlos Queiroz, técnico português que comandou o Irã nesta Copa do Mundo, deixou o Mundial chateado com Cristiano Ronaldo. O craque tem uma relação histórica com o treinador, inclusive no Manchester United, na década passada, mas eles nunca mais conversaram desde que Queiroz comandou Portugal na Copa de 2010, caindo nas oitavas de final, e, por isso, o capitão luso não o cumprimentou no jogo de segunda-feira.
- Não cumprimentar um treinador que serviu 12 anos nas seleções portuguesas. Conquistei títulos europeus e mundiais, com reformas e ideias. A história da Federação Portuguesa de Futebol não começou na ilha da Madeira com Cristiano Ronaldo. Começou muito antes - disse Queiroz ao jornal português Público, garantindo que não tem mágoas do camisa 7.
- Por mim está, não tenho problemas com ninguém. Tem de perguntar a ele. A minha carreira e a dele são muito maiores do que esse incidente que se passou na África do Sul.
O mau relacionamento dos jogadores da seleção portuguesa com Queiroz ficou claro com a decisão da maioria de não cumprimentá-lo. Ricardo Quaresma, autor do gol luso no empate por 1 a 1 que classificou seu país e eliminou o Irã, inclusive reclamou de desrespeito por parte do treinador, mas disse que "não vou responder ao Queiroz, senão ficaremos aqui a noite toda".
- O Quaresma ainda vai ter de jogar pela minha seleção e não vou tecer muitos comentários. Mas, se todos os treinadores que ele teve falassem dele, ficariam alguns anos falando. É melhor ficarmos por aqui. Se tiver de dizer alguma coisa sobre mim, que tenha coragem e diga agora. Dizer que não respeitei os jogadores portugueses… Como? Mesmo assim, fiquei feliz por três jogadores portugueses me terem cumprimentado no final: Adrien, Bruno Alves e Beto - falou Queiroz.
Ainda sobre Cristiano Ronaldo, o técnico reclamou do cartão mostrado ao craque, aos 38 minutos do segundo tempo, exatos dez minutos antes de o Irã empatar. A punição surgiu em uma arrancada ao ataque, quando o astro usou seu poderio físico para tirar o zagueiro Pouraliganji do caminho e os iranianos acusaram agressão. Após análise de vídeo, o árbitro lhe aplicou só o amarelo e, segundo Queiroz, seria vermelho ou nada.
- Se o árbitro constatou que houve agressão, não tinha outra alternativa se não expulsar. Ou era cartão vermelho ou não era nada, ponto final. Até admito que não seja nada, mas, se fosse punir, não tem outra alternativa e precisa ter coragem de mostrar o vermelho. Assim, ele assumiu uma meia decisão. Conduta violenta é cartão vermelho - reclamou o treinador.
- Nem o árbitro nem ninguém (teve coragem para expulsar Cristiano Ronaldo). É claro e óbvio que o árbitro, depois de ter sido pressionado pelos portugueses, não teve coragem. Mas não foi só isso. Logo depois, Cristiano interceptou uma bola com a mão e não foi mostrado um segundo amarelo. Houve ainda uma falta clara do William (Carvalho) com uma 'gravata' por trás e não é assinalado pênalti. E se fosse do outro lado?
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