ANÁLISE: empate contra a Inter de Limeira mostra que Corinthians precisa de reforços pontuais
Quando atua com o 'mistão', a equipe alvinegra não consegue manter um padrão técnico elevado
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Dentro de uma espinha dorsal que se espera do Corinthians para 2023, o time que iniciou o empate sem gols com a Inter de Limeira, na noite do último sábado (21) é, no máximo, um mistão. E isso acende o sinal amarelo no clube alvinegro, que tem um nível técnico muito abaixo quando está sem a sua equipe ideal.
Contra o Leão, pelo menos três atletas que iniciaram a partida são reservas, pelo menos nas posição em que atuaram: Rafael Ramos, Cantillo e Giuliano. O terceiro pode até ter uma sequência na temporada, mas atuando como meia-direita, ao lado de Renato Augusto. Outros três jogadores são aqueles reservas que terão as suas presenças constantes, seja por conta de fatores físicos, de revezamento na função ou por ser uma espécie de 12° jogador: os dois zagueiros, Bruno Méndez e Gil, o lateral-esquerdo Matheus Bidu, e o atacante Romero.
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Ao analisar o desempenho desses atletas, considerando o histórico recente deles, a necessidade do Corinthians atacar o mercado fica cada vez mais clara. Do 1 ao 11, o clube alvinegro tem um time competitivo, mas para aguentar uma temporada que já começa com um jogo a cada três dias, é necessário ter dois times com condições técnicas equivalentes, algo que o Timão não possui.
Atletas como Rafael Ramos e Cantillo, por exemplo, mais uma vez foram muito mal. Giuliano tem uma carreira que fala por si só, no ano passado foi muito importante, mas tem oscilado bastante. Nos três jogos que fez nesta temporada, até aqui, se mostrou disperso e foi o principal responsável pela falta de criatividade do time.
Hoje, o Corinthians tem dois laterais com idade mais avançada, com os reservas imediatos sendo apostas. Rafael Ramos, como já foi citado, não tem sequer uma atuação de destaque desde que chegou ao Timão, no ano passado. Já Matheus Bidu é um jovem que foi contratado para esta temporada no qual tem uma grande expectativa sobre ele.
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Na zaga, Gil e Balbuena também sofrem por serem mais velhos e não conseguirem ter uma sequência, principalmente juntos. Bruno Méndez, que é o reserva imediato, tem crescido bastante, mas às vezes oscila. Contra a Inter de Limeira, por exemplo, ele foi mal. No primeiro tempo, perdeu quase todos os duelos para o atacante Jonathas.
O meio-campo é a posição que o Time do Povo possui mais nomes com qualidade técnica, mas, ainda assim, é gritante a diferença quando há a presença de Renato Augusto. Não dá para ficar dependente de um jogador que, ainda que esteja em um patamar elevado no futebol brasileiro, tem uma idade avançada e não consegue atuar todos os jogos. Fora isso, há alguns nomes que estão abaixo do que podem jogar, casos como Du Queiroz e Maycon.
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No ataque, Róger Guedes e Yuri Alberto possivelmente formam a dupla ofensiva com melhor qualidade do Brasil. Além disso, eles são privilegiados fisicamente e novos em idade. De toda forma, não dá para contar que eles jogarão todas as partidas. E uma ausência de um dos dois levará a um substituto que não esteja à altura, como Ángel Romero e Júnior Moraes. O primeiro, se repetir a trajetória da primeira passagem, entre 2014 e 2018, será muito importante no aspecto tático, mas possui uma grande limitação técnica em relação aos demais jogadores da sua posição.
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