ANÁLISE: Empurrado pela Fiel, Corinthians jogou no ‘modo Libertadores’ para bater o Boca
Com garra e organização, Timão foi superior do começo ao fim e conquistou vitória fundamental na competição
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O torcedor brasileiro costuma dizer que as noites de Libertadores são diferentes. Para ganhar a partida, é preciso dar 101% dentro de campo, e o Corinthians, com o apoio de quase 42 mil torcedores em sua Arena, fez um jogo digno desse espírito na competição ao vencer merecidamente o Boca Juniors por 2 a 0.
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O Timão não foi desleal, muito menos violento, como muitos acham que o seu time deve se portar em um jogo contra um dos gigantes do continente. Não, apesar dos cinco cartões amarelos, o Alvinegro entrou ligado e firme, mas sem deixar a catimba subir à cabeça.
A começar por Du Queiroz e Maycon, que formaram a dupla de volantes da equipe, proporcionando muita energia e intensidade no meio-campo. Du, em uma função mais recuada, não deixava nada passar, somando cinco dos 16 desarmes da equipe, segundo o Footstats,
Maycon teve liberdade para se movimentar pelo campo e foi essa facilidade para cobrir e atacar todas as áreas do gramado que mudaram a história do jogo. O camisa 5, incorporando a melhor fase de Paulinho pelo Corinthians em 2012, apareceu duas vezes na área do Boca como elemento surpresa e decidiu o jogo com seus dois gols.
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Mas para que o sistema funcionasse à perfeição, um dos meias teve que fazer mais de uma função. Foi difícil afirmar qual a posição de Renato Augusto. Ora ajudava na saída de bola como volante, às vezes até ao lado dos zagueiros. Em outros momentos, aparecia no meio como opção, e era possível vê-lo também como um ponta.
Na entrevista coletiva, Maycon falou sobre a importância de todos os jogadores estarem à disposição para ajudar a equipe, mesmo que isso não os beneficie individualmente. Fábio Santos, Fagner, Adson, Willian, Jô, e posteriormente no segundo tempo Mantuan e Róger Guedes, incorporaram esse mantra.
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No Dérbi de sábado passado - derrota por 3 a 0, pelo Brasileirão - tinha-se a impressão de que os atletas corintianos pareciam cansados e superados fisicamente. Ela ficou para trás. Jô, mesmo sem nenhuma finalização, foi muito importante para iniciar a pressão no campo de ataque, dando carrinho e não desistindo das jogadas.
Na etapa final, Róger Guedes ficou preso na zaga argentina a maior parte do tempo, mas mostrou resiliência e, no momento certo, esteve concentrado para fazer a jogada do segundo gol.
João Victor e Raul Gustavo, embora amarelados, foram perfeitos, anulando qualquer ameaça da equipe adversária. Juntos, eles cometeram apenas uma falta e mostraram um elevado nível de foco e comprometimento durante os 90 minutos. A atuação de todo o time fez Cássio ser um mero espectador do show dado pela torcida nas arquibancadas.
Toda a energia e garra vista em campo se deu pelo apoio incondicional dos 42 mil torcedores na Neo Química Arena, que cantaram juntos e mostraram a razão por trás do apelido "Bando de Loucos".
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