ANÁLISE: Perto do ideal, Corinthians mostra amplo repertório ofensivo, mas ainda pode melhorar
Com Yuri Alberto em campo e volta dos lesionados, Timão dominou o Coxa, mas ficou exposto nos contra-ataques
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O encontro entre Corinthians e Coritiba na Neo Química Arena reuniu o melhor mandante do Brasileirão contra o pior visitante. O Timão, com seu novo reforço e o retorno de alguns lesionados, confirmou o favoritismo em uma de suas melhores atuações ofensivas do ano, mas há pontos que precisam ser corrigidos.
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Após a classificação às quartas de final da Copa do Brasil, Vítor Pereira havia indicado que gostaria de ver novamente a sua equipe sendo protagonista nas partidas, menos pragmática e defensiva e mais agressiva com a bola.
Se o treinador português não pôde ficar à beira do gramado pois ainda cumpria suspensão, seu assistente Filipe Almeida deu início a mudança de comportamento da equipe ao escalar o time em linha de quatro, um meio-campo dinâmico e um ataque que mesmo desentrosado, se entendeu bem.
O primeiro tempo ficou marcado pelo domínio corintiano na posse de bola e criação das jogadas, mas a equipe da casa parecia não ter solução para os contra-ataques de Alef Manga e Igor Paixão. Nos primeiros 15 minutos de jogo, Manga teve chance de ouro para abrir o placar, mas não capitalizou o erro de Rafael Ramos.
A diferença técnica entre as equipes se mostrou presente aos 35 minutos do primeiro tempo, quando Luciano Castan entregou nos pés de Róger Guedes. Com calma e categoria, o camisa 9 acertou lindo chute chapado para abrir o placar.
O Coritiba, mesmo com o gol sofrido, optou por uma marcação em bloco baixo por quase todo o jogo. Para combater a postura defensiva dos visitantes, os meias mais avançados e atacantes do Timão passaram a flutuar entre os volantes e zagueiros da equipe paranaense.
Sem guardar muita posição, os atletas corintianos, em especial Willian, Yuri Alberto e Róger Guedes, conseguiam abrir a zaga do Coxa, que tinha dificuldades em neutralizar as tabelas e triangulações pelos lados do campo.
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Após o intervalo, a desatenção do sistema defensivo corintiano custou caro, e dessa vez o Coritiba conseguiu superar Cássio e igualar o placar.
No entanto, ao longo do segundo tempo, Filipe Almeida colocou Fagner, Adson, Giuliano, Mosquito e Du Queiroz, dando novo gás ao time. Apenas o camisa 11 não teve impacto positivo na construção do jogo.
Adson, no seu primeiro toque na bola, marcou o gol que recolocou o clube alvinegro em vantagem. Aos 39 minutos, Mosquito cruzou na medida para Raul Gustavo sacramentar a vitória.
Com mais opções, o Corinthians, que tem a pior média de finalizações por jogo no Brasileirão, mostrou seu repertório ofensivo e conseguiu sete finalizações contra a meta de Muralha, totalizando a terceira partida com mais chutes certos da equipe na competição.
Tendo em vista o recondicionamento físico de Fagner e Renato Augusto, além da entrada de Balbuena na defesa, o Timão mostrou que tem peças tanto na equipe titular como no banco de reservas capazes de mudar uma partida. Essa característica será preponderante para o clube seguir vivo nas três competições, e quiçá levantar uma taça.
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