Caixa cobra multa de R$ 48 mi e Arena Corinthians irá ao Serasa
Segundo a 'Folha', Arena Itaquera S.A pagou só 27% do previsto em 2019 e estádio será incluído no sistema. Com a ação, empresa dona do estádio ficará com seu 'nome sujo' <br>
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A Arena Itaquera S.A, empresa que tem o Corinthians como sócio e que é dona do estádio do clube, pagou à Caixa Econômica Federal só 27,8% do que estava previsto em contrato para ser quitado em 2019, segundo o banco. Com este baixo percentual de pagamento, a estatal cobra multa de R$ 48,7 milhões por seis parcelas da dívida. As informações são do jornal "Folha de São Paulo".
Pela dívida, a Arena Itaquera S.A foi colocada no Serasa, serviço de proteção ao crédito. Com a entrada no sistema, a empresa dona do estádio ficará com seu 'nome sujo' e terá dificuldades para fazer compras a crédito e obter empréstimos de instituições financeiras
De acordo com as planilhas da Caixa, o Corinthians pagou neste ano, R$ 13.007.670,27 de um débito total de R$ 46.797.165,08. Ficou devedor em R$ 33.789.494,81. Em entrevista coletiva na última sexta-feira (13), o presidente do Corinthians, Andrés Sanches afirmou que o clube havia pago R$ 158 milhões desde o começo do financiamento.
A multa de R$ 48,7 milhões que a Caixa cobra está estipulada na cláusula sexta do contrato de financiamento. Diz que em caso de cobrança judicial, a beneficiária do empréstimo terá de pagar multa de 10% sobre o valor principal (R$ 400 milhões), mais encargos judiciais e extrajudiciais. O contrato foi assinado ainda na gestão de Mario Gobbi.
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Em 2013 foi o contrato de financiamento com o BNDES para a construção da arena. O dinheiro foi repassado para o fundo via Caixa Econômica. De acordo com a comissão de estádio criada pelo conselho deliberativo do Corinthians, o fundo foi fundado para receber o dinheiro do empréstimo, que não poderia ser feito a um clube de futebol por falta de garantias.
Para resolver o problema, o Corinthians tenta agendar uma reunião com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, para tentar negociar um novo acordo. A reclamação do clube é que havia uma negociação em andamento e que os pagamentos eram feitos de acordo com as possibilidades. Uma delas seria um pagamento menor entre dezembro e fevereiro, quando não há jogas no estádio. Vale lembrar que toda a renda da bilheteria vai para o fundo usado para pagamento da Caixa.
Em entrevista na semana passada, Andrés Sanchez disse que não existia a possibilidade de a Caixa 'tomar' o estádio.
- É que nem você comprar um carro para pagar em 60 meses e durante o financiamento muda o dono da financeira e ele pede para pagar à vista. Foi o que aconteceu - afirmou o mandatário.
Vale lembrar que o presidente corintiano foi chamado pelo Conselho Deliberativo do clube para prestar esclarecimentos em uma reunião extraordinária no dia 30 de setembro. A oposição alega que faltou transparência nas negociações pelos pagamentos da Arena.
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