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Carille diz que fica no Timão e sente vergonha das atuações da equipe

Técnico deu explicações sobre a má fase da equipe, analisou a temporada e disse que a multa rescisória não é problema para segurá-lo no comando do Corinthians  

Fábio Carille
imagem cameraFábio Carille durante entrevista a coletiva desta sexta-feira (Foto: Peter Leone/O Fotográfico/Lancepress!)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 01/11/2019
12:18
Atualizado em 01/11/2019
15:37

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O técnico Fábio Carille concedeu entrevista coletiva nesta sexta depois do treinamento do Corinthians, após a derrota por 2 a 1 para o CSA, pelo Brasileirão, resultado que fez o clube sair do G6 da competição. 

O assunto principal da coletiva foi a sua permanência no Timão mesmo após os recentes resultados ruins e, principalmente, pelas más atuações da equipe. Segundo o treinador, ele não irá pedir demissão. Ele também afirmou que confia no trabalho da comissão técnica e da diretoria.

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- Quero agradecer todo o Ibope de ontem, dia do fico, dia de não fico, é claro que depois do jogo passa tudo pela cabeça. Tenho uma diretoria que é experiente de vestiário, Andrés quantos anos têm? Duílio quantos anos tem? Se eles entendem que pode ser melhor, por que eu vou desistir? Está sendo o pior momento e eu tenho que enfrentar. Todos nós temos que melhorar. Eu, jogador. Claro que pós-jogo você pensa um monte de coisa, mas na viagem, ontem à tarde e à noite eu já comecei a planejar o jogo de domingo - afirmou.

Perguntado sobre as seguidas más atuações do time e o ruim desempenho ofensivo, o técnico deu declarações fortes. Disse que sente vergonha das atuações da equipe e que as instruções passadas no vestiário não são cumpridas no campo, o que faz com que o time pareça não ser treinado. 

- Sinto vergonha. Não preciso olhar como torcedor, não, tenho que olhar como comissão e ser ciente daquilo. Vergonhoso, não parece um time treinado, parece que se junta no vestiário e vai para o jogo. Você passa informações e depois tá na beira do campo e isso não é feito. Não está faltando raça, mas tecnicamente a gente tem que ser melhor - disse o comandante. 

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O treinador deu uma visão positiva da temporada, citando a chegada do Timão a semifinal da Copa Sul-Americana e o título do Paulistão no primeiro semestre. Mas ressaltou que o ano poderia ter sido melhor. 

- É um trabalho bom. Sou muito grato ao que o Corinthians fez, veio até mais jogador do que eu imaginava. Foi um ano de reconstrução, conquistamos até alguns objetivos, o título paulista. Dentre 60 times, chegar numa semifinal (de Sul-Americana), até com desequilíbrios no time... Isso é claro, eu passo até pra eles. Não é ruim, mas podia ser melhor. Faltam algumas características no nosso elenco, isso é claro. O ano foi bom, mas que poderia ser melhor. 

O técnico disse ainda que não acredita que seja a multa contratual que o impeça de ser demitido. O Timão deve valores para o técnico (cerca de R$ 4 milhões) e teria de pagar cerca de R$ 6 milhões ao técnico em caso de rescisão unilateral.

– A primeira pergunta tem que ser feita para o Corinthians, não para mim. Contratos são para ser cumpridos. São para ser cumpridos e para ser conversados também. Quando eu saí do Corinthians para a Arábia, fui lá e paguei. Quando eu voltei para o Corinthians, fui lá e paguei. Não sei quem deu essa informação, são as famosas fontes, estou muito tranquilo e, se o Andrés está me mantendo no cargo, não é por dinheiro. Dever R$ 400 milhões ou R$ 410 milhões não muda nada. Se eu tivesse perdido o vestiário, já estaria fora. Não vamos nos apegar dinheiro, isso é história para boi dormir - concluiu.

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