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Carille volta a cobrar melhor futebol e garante: ‘o Paulista vale a pena’

Desde o apito final na Arena de Itaquera, neste domingo, técnico teve postura auto-crítica. Ele defendeu o estaduais e disse que título de 2019 foi o que Timão 'menos merecia vencer'

Corinthians x São Paulo - Carille
imagem cameraCarille fez história à frente do Corinthians, neste domingo (Foto: Marcello Fim Ofotografico)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 21/04/2019
19:44
Atualizado em 21/04/2019
21:08

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A vitória contra o São Paulo na final do Campeonato Paulista por 2 a 1, neste domingo, veio cheio de significados para o Corinthians. O título foi o terceiro seguido do Alvinegro no estado, a 30ª conquista estadual na história, e fez de Fábio Carille apenas o segundo treinador na história do Timão a alcançar o tricampeonato da competição. Em coletiva, o comandante deu suas impressões sobre o triunfo na Arena de Itaquera: 

- Tem algumas coisas no futebol, o peso de jogar um jogador como o Ramiro, com 250 jogos pelo Grêmio, uma camisa pesada. Ele sabe levar uma decisão. Em 2017, jogamos muito, em 2018 mais ou menos, esse ano pouco. Por outro lado, são 23 jogadores. Espero que esse título ganhe uma casca maior para jogar melhor e convencer também. Não sei se sou bom técnico, mas sei que sou abençoado.

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Já molhado após o tradicional banho de gelo que acompanha as conquistas, Fábio Carille cobrou um melhor futebol do time alvinegro e falou sobre o papel do Campeonato Paulista na temporada. 

- Precisa melhorar muito. O conjunto. Por aquela situação de jogar sem olhar. O Campeonato Paulista vale a pena sim, é difícil jogar no interior. Em outros campeonatos, você vence mas engana. No sul dá Gremio e Inter 90% das vezes, em Minas é sempre  Cruzeiro e Atlético-MG. O Campeonato Estadual dá casca aos jogadores. Sou contra essa história de acabar com Estadual. Primeiro, porque tirar muitos empregos. Não dá pra comparar com países menores da Europa. O Campeonato Paulista prepara.

O treinador também chamou atenção pela auto-crítica em todas as declarações desde o apito final da final contra o Tricolor, neste domingo. Ainda na beira do campo, Carille já havia admitido que o Corinthians precisa jogar mais, e dessa vez, avaliou o merecimento em relação aos títulos de 2017 e 2018.

- Foi o que a gente menos merecia. Não preciso esperar a imprensa falar isso. Quantas vezes eu falei apos o final do jogo que a gente precisava jogar mais, jogar melhor?

CONFIRA OUTROS TÓPICOS DA COLETIVA DO TRICAMPEONATO 

Críticas sobre desempenho do Timão

- Falar das críticas, se não criticasse algumas partidas, alguma coisa estaria errada. Quantas vezes entrei no vestiário e disse: “ A gente precisa jogar mais”? As críticas fazem parte. É um esporte coletivo, com 23 jogadores novos. Não é desculpa. Demos a resposta na vontade, na determinação. Dos grandes, não teve um time que manteve um nível alto o tempo todo, como nós em 2017.
O Palmeiras oscilou, o São Paulo começou mal e chegou à final, o Santos fez jogos ótimos e jogos ruins. Temos tudo para fazer um futebol melhorar.

Permanência de Clayson

– Vou repetir o que falei dias atrás: acompanhei desde o Ituano, fez um grande campeonato na Ponte, e o Tarciso, um amigo, só me falou: tem muita personalidade. Ainda bem que é pequeno. Se fosse grande, a gente tava ferrado, porque é briguento. Tem que ter personalidade de errar e tentar outra vez. Foi um dos pedidos, que viesse o Luan, do Atlético, mas não deixasse o Clayson sair. Esse foi o pedido.

Sentimento diante do tricampeonato

São coisas que, sinceramente, não consigo entender por que estão acontecendo comigo. Sério. Aprendi muito no Corinthians. Aprendi principalmente com Mano e com Tite. Em 2017, tive um grupo que me escutou demais. Ganhamos jogos no detalhe. Em 2018, tivemos que mudar. Não gosto de jogar sem 9. Mas tivemos que nos adaptar assim no Paulista. Esse ano, mudamos a forma de jogar, algumas vezes colocando dois 9. Mas não consigo entender.


Busca pela melhor formação

– Ultimamente, a gente mudou um pouquinho. contra o São Paulo, foi um 4-2-3-1. Isso que tenho feito não sei se é o certo. Mudar muito às vezes tira a confiança do jogador. Não sei se é o certo. Mas é a maneira que estamos tentando encontrar. Acho que vamos ter ainda um pouco de dificuldade até a parada para a Copa América, que vai ser de grande importância.


Expectativas para o Brasileirão

– Vai ser melhor pelo conjunto. Você vai pra uma decisão, todo mundo se preocupa em não tomar gol. Quando tem um time que joga por música, arrisca mais. Todos Estaduais vão ser assim. É pré-temporada curta, mudança de elenco. Em 2017, a gente começou legal porque estreou em 4 de fevereiro. Já entramos em situação de igualdade. Nos últimos dois anos, não. Faz falta. Conversei muito com o técnico do Racing. Tiveram 50 dias de pré-temporada. É diferença demais.

Time que joga pela Copa do Brasil

– Amanhã, me apresento cedo, começo a esboçar. A escalação eu vou olhar no olho de cada um na terça-feira. Só de olhar no olho eu já sei. Tem uns lá que vou olhar bem (risos). Não vou trancar. Tem que comemorar, sim. Terça-feira, os jogadores vão saber quem vai pra campo.

As comemorações do título paulista não vão poder se estender muito. Isso porque na quarta-feira, o time alvinegro volta à Arena para enfrentar a Chapecoense, pela Copa do Brasil. A equipe paulista busca reverter a derrota sofrida por 1 a 0, em Santa Catarina.

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