Conversa e sensibilidade: como Lázaro fez de Giuliano seu ‘coringa’ e conquistou o elenco do Corinthians

O torcedor do Corinthians começou o ano pensando que os volantes titulares da equipe seriam Fausto Vera e Maycon. Contudo, as lesões de ambos abriram espaço para uma nova parceria se formar no meio-campo do Corinthians: Roni e Giuliano.

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A nova dupla foi titular nos últimos três compromissos do Timão no Paulistão, e a tendência é que Fernando Lázaro siga confiando nos dois para o mata-mata do estadual.

Em papo exclusivo com o LANCE!, Giuliano revelou como é o trabalho de Lázaro com os atletas no dia a dia. O treinador acredita no diálogo e privilegia o momento de cada atleta. Além disso, ele constantemente compartilha e debate suas ideias com o grupo, especialmente com os veteranos, facilitando o entendimento do que deseja para a equipe. O último tópico, inclusive, já foi elogiado algumas vezes por Róger Guedes.

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- O fator principal é a questão de performance, respeitar o momento. Ele tem a sensibilidade, o feeling de treinador de reconhecer quem está melhor e utilizá-lo. Quando o Fausto machucou, o Roni teve um desempenho muito bom. Quando tem desempenho, é difícil tirar da equipe. Nesse momento ele viu que eu e o Roni estamos dando o que a equipe precisa. Quer dizer que pra esse momento são titulares? Sim. Mas lá na frente pode mudar. Essa sensibilidade de entender o momento do jogador é importante - analisou o camisa 20 ao L!.

O atleta de 32 saiu em defesa do novo comandante, apontando o conhecimento que Lázaro possui como o diferencial para o novo esquema tático estar dando certo no Timão.

- O Fernando está como treinador por mérito dele, está no clube há muito tempo. Ele entende ambiente, vestiário, foi auxiliar dos melhores. Ele pegou muita bagagem e se preparou para esse momento. A vantagem que ele tem, por conhecer o clube e os jogadores, fez com que ele montasse o melhor esquema para as peças que nós temos - afirmou.

GIULIANO, O CORINGA DO TIMÃO

Ao longo de sua carreira, Giuliano já atuou em praticamente todas as funções para um meia, desde volante de contenção, passando para o ‘camisa 10 clássico’, nas pontas e até de falso nove.

A habilidade em se adaptar a diferentes cenários táticos é o que vem possibilitando a manutenção do atleta no time titular de Fernando Lázaro, que o enxergou como segundo volante, auxiliando na marcação e saída de bola, com menos tarefas ofensivas.

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Giuliano reconheceu que foi no Zenit, atuando como camisa 10, onde ele teve maior participação em gols, mas deixou claro ser um jogador de grupo, priorizando o sucesso coletivo do Corinthians.

- Não sou velocista, sou técnico, de construção, que gosto de chegar dentro da área. Hoje na função que estou, se eu fizesse isso, a equipe ia sofrer defensivamente e talvez eu não jogasse. Se estou jogando é porque estou exercendo uma função que pede dentro da minha característica, com o meu estilo, fazendo com que a equipe cresça. Coloco meu desempenho individual em prol do coletivo, isso é inteligência de adaptação - concluiu Giuliano.