Corinthians encaminha venda de Gabriel Pereira mesmo antes de registrar novo contrato
Timão recebeu uma proposta entre 5 e 6 milhões de euros do Grupo City, e meia-atacante pode defender clube dos Estados Unidos
O Corinthians recebeu uma proposta do Grupo City e encaminhou a venda do meia-atacante Gabriel Pereira para o New York City, dos Estados Unidos.
A proposta da franquia pelo atleta de 20 anos gira em torno de 5 e 6 milhões de euros (R$ 28,3 a 34 mi na cotação atual) e é vista de forma amplamente positiva pelo clube alvinegro, que vê na negociação uma grande possibilidade de se aproximar da meta de venda em 2022, que é de R$ 100 milhões - em janeiro o Corinthians venceu o meia Éderson, que estava emprestado ao Fortaleza, ao Salernitana, da Itália, por 6,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 40 milhões, na cotação do momento).
Com isso, caso se confirme a venda de Gabriel Pereira, o Timão pode chegar a mais de R$ 70 milhões em vendas ainda no primeiro terço do ano.
A informação do interesse do Grupo City por GP foi inicialmente publicada pelo "GE" e confirmada pelo LANCE!.
O contrato atual da prata da casa registrado pela CBF aponta o término ainda neste mês, no dia 31 de março, mas em outubro do ano passado o Corinthians anunciou a renovação contratual do atleta até dezembro de 2024.
Durante os mais de 100 dias entre o anúncio da renovação e a ausência do registro, o que foi passado à reportagem era o aguardo de alguns intermediários do jogador que estavam em viagem, e que o vínculo divulgado se tratava de um pré-contrato para resguardar as partes envolvidas.
No entanto, na virada do ano o Corinthians passou a receber sondagens por Gabriel Pereira, inclusive uma forma do do Dínamo de Kiev, da Ucrânia, por 4 milhões de euros (R$ 22,5 milhões) que foi vista com ótimos olhos pela direção corintiana, mas recusada pelo estafe do jogador, por conta da guerra do país ucraniano com a Rússia.
De todo modo, tanto a oferta do Dínamo, quanto a do Grupo City são muito inferiores a multa rescisória acertada entre o Timão e os representantes de GP para formalização do novo contrato. A oferta atual, por exemplo, representa apenas entre 5 e 6% dos 100 milhões de euros (cerca de R$ 650 milhões) do valor inserido pelo Corinthians para uma rescisão.
As negociações com o New York City antes do registro do novo contrato também abre dúvidas quanto ao repasse do valor total do acordo, caso ele seja firmado. No vínculo atual, que se encerra no fim do mês, o clube alvinegro possui 70% dos direitos econômicos de Gabriel Pereira, sendo 30% do Guarani. Já no novo contrato, que ainda não foi registrado, o Timão abriu mão de 5%, que foi repassado para o jogador, e tem 65% dos direitos de GP - os 30% do Guarani seguem mantidos.
BOM PRA TODO MUNDO
O encaminhamento do negócio para a venda de Gabriel Pereira para o Grupo City se mostra benéfica para ambas as partes. Para o clube, a possibilidade de ter um retorno financeiro razoável com um ativo que já era visto de grande valia para negociação. Já em relação ao jogador, vem em um momento onde, mesmo ele tendo alguns minutos e se destacando em partidas, ele está atrás de jogadores da mesma posição, como Róger Guedes, Willian, Giuliano e até mesmo Gustavo Mosquito.
Além do mais, o Grupo City, que tem um grupo árabe (Abu Dhabi United Group) como sócio maioritário, além de uma empresa americana e outra chinesa também na associação, detém a participação em 11 clubes ao redor do mundo, sendo o principal case o Manchester City, da Inglaterra. O New York City, dos Estados Unidos, equipe na qual GP está encaminhado, é o segundo maior investimento da franquia.
Além de Manchester City e New York City, o Grupo City detém porcentagem também do Bolívar (Bolívia), Girona (Espanha), Lommel (Bélgica), Melbourne (Austrália), Montevideo City Torque (Uruguai), Mumbai City (Índia), Sichuan Jiuniu (China), Troyes (França) e Yokohama Marinos (Japão).
Essa não é a primeira vez que o Grupo City investe em um jogador da base corintiana. Em janeiro, o Timão não exerceu a opção de compra pelo atacante Cauê, que se transferiu para o Lommel, da Bélgica, equipe que a franquia possui 100% das ações.