Corinthians: Paulinho se emociona ao detalhar recuperação e revela que pensou em aposentadoria
Após nove meses lesionado, meia está relacionado para o clássico do Timão contra o São Paulo
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Paulinho passou cerca de nove meses se recuperando de uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, e depois de tanto tempo afastado, ele irá reforçar o Corinthians no clássico deste domingo (29), contra o São Paulo. Contudo, o processo exigiu na parte física e mental do atleta de 34 anos, que revelou ter pensado em pendurar as chuteiras após saber da lesão, em maio de 2022.
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- O começo é muito complicado. Quando eu tenho a lesão, penso em parar de jogar futebol, porque é o momento que gera uma dúvida. Vou fazer 34 anos e vou ter oito meses de recuperação sem saber como vou voltar. Se o meu retorno for mais ou menos, não vai ser bom para o clube, que apostou e confiou em mim. Tudo isso gerou dúvidas para mim. Conversei com o Mazziotti quando ele ainda não estava aqui. Falei que iria parar porque achava que já tinha dado, não sabia se iria voltar bem. Depois você vai acalmando com a família - revelou o camisa 15 à Corinthians TV.
Ao falar sobre o apoio da esposa e o tipo de exemplo que daria aos quatro filhos caso desistisse, Paulinho não segurou as lágrimas e se emocionou ao detalhar o apoio e importância da família para ele seguir forte e não abandonar o futebol.
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- O dia a dia e a importância da minha família, especialmente a minha esposa. Tenho quatro filhos, eu enxergando eles, não vou parar. Me emociona um pouco porque foram eles que me deram forças para eu retornar. Olhando para meus filhos, não posso desistir, porque eu estaria ensinando eles a fazer isso, e eles não podem ser assim. Minha esposa me moldou para eu seguir. Isso fez os pensamentos negativos sumirem - contou.
Logo após o departamento médico detectar o rompimento no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, o meia lidou com mais um drama, tendo que esperar duas semanas para realizar a cirurgia pois havia testado positivo para Covid-19.
Nos primeiros meses da recuperação, Bruno Mazziotti, fisioterapeuta do Timão, acompanhou o atleta e tratou de encorajar o meia durante os primeiros meses.
- Meu papel naquele momento era ser encorajador, fazer com que ele se engajasse na recuperação, mesmo sabendo que seria desafiadora, de longa prazo e que exigiria na parte anímica dele, a dedicação, compromisso, constância, e que isso se traduzisse em resultado - disse Mazziotti.
O meia disse que se sentia deslocado e afastado pois não podia ajudar a equipe em campo, e só voltou a se sentir importante quando voltou a correr no gramado e trabalhar com bola.
- A primeira vez que o departamento médico me levou ao campo me assustei. Tinha três meses que não corria, tinha que aprender tudo de novo. É diferente, muito tempo sem jogar. Essa primeira corrida no campo é marcante. Brinco com o Mazziotti porque teve um dia que ele falou que eu ia aquecer com o grupo. Aí voltei a me sentir importante. Não podia jogar, mas estava participando dos treinos - destacou.
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Por fim, Paulinho descreveu a sensação de ansiedade durante todo o processo e deixou um agradecimento aos torcedores, companheiros e membros do departamento médico que o ajudaram a voltar a vestir o manto alvinegro.
- Em sete meses, sabia que ficaria fazendo meu trabalho, então não me dava ansiedade. Nesse último mês estava complicado para controlar a ansiedade. Vou controlar ela quando pisar no campo. Agradecer a Deus por me dar saúde e trabalho, aos torcedores corintianos que me mandavam mensagens de apoio. Vou carregar muita gratidão. Agradeço ao departamento médico do Corinthians, que me ajudou nesses oito meses, não tenho palavras para vocês. E meus companheiros, que no dia a dia me faziam feliz e ter alegria para trabalhar
Como ainda não possui ritmo de jogo, Paulinho deve iniciar o Majestoso no banco de reservas. O último jogo disputado pelo meia foi no dia 1º de maio, em partida contra o Fortaleza no Brasileirão.
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