Corinthians recebe legado de Vítor Pereira sobre monitoramento de mercado
Mapear atletas novos com potencial de mercado é lição deixada pelo técnico português desde a contratação de Fausto Vera
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Quando contratou o meia argentino Fausto Vera, em julho deste ano, o Corinthians passou a adotar um modelo de mercado indicado pelo técnico Vítor Pereira, no qual, além da necessidade do elenco, também é analisado o perfil do atleta a ser contratado, a fim de que o clube colha não só frutos esportivos, mas também lucre financeiramente.
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Até o então, a diretoria corintiana tinha como postura de mercado buscar atletas livres de contrato ou com potencial de empréstimo, mas foi convencida pelo seu treinador a pagar 6,5 milhões de dólares (R$ 33,6 mi, na cotação atual) ao Argentinos Juniors-ARG por Fausto. O valor pode ainda chegar a 8 milhões de dólares (R$ 41,4 mi, na cotação atual) dependendo dos bônus por metas atingidas pelo atleta.
Vítor garantiu à direção que Fausto Vera não era um gasto, mas um investimento a ser feito pelo Corinthians. A relação de confiança entre o técnico e os responsáveis pelo futebol no Timão ajudou para que o desejo de VP fosse atendido.
Com 22 jogos pelo Corinthians, Fausto tem mostrado à diretoria que valeu a contratação. O meia é presença constante no time titular e vem agradando a todos no clube. Agora, o departamento de futebol corintiano quer agir de forma parecida no mercado de transferências do fim de 2022 e início de 2023, contratando atletas com potencial de revenda.
Mesmo sem definir se ficará no Coringão na próxima temporada, Vítor Pereira fez algumas indicações à direção, como as posições que precisam ser reforçadas com mais agilidade. No entanto, ele não apresentou nomes específicos para que o clube vá ao mercado, diferentemente do que fez com Vera. O intuito de VP é que a equipe busque atletas dentro de um determinado perfil e que atenda as necessidades diagnosticadas pelo treinador e o seu estafe.
Nas conversas mais recentes sobre o planejamento do Corinthians para o ano que vem, ficou definido que, pelo menos, cinco reforços precisarão ser contratados. Desses, Vítor Pereira já indicou que três são as posições prioritárias: a lateral-esquerda, o ataque pela direita, e o ataque pelo centro. O Timão tem alvos definidos para reforçar esses setores na próxima temporada, com todos eles tendo um bom potencial de evolução e, consequentemente, lucro.
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NOMES EM PAUTA
Na lateral, o nome é Matheus Bidu, de 23 anos, que jogou a última Série B pelo Cruzeiro, mas pertence ao Guarani. A diretoria do Bugre está doida para fazer negócio com o jogador, que foi um destaques da segunda divisão do Campeonato Brasileiro e que já vinha despertando olhares antes mesmo do empréstimo para a Raposa. O clube de Campinas quer algo em torno de R$ 10 milhões para ceder 60% dos direitos do jogador.
Já no setor ofensivo, o sonho é Artur, do Red Bull Bragantino, e Pedro Raul, do Goiás. O primeiro, de 24 anos, atua pela ponta direita. Já o segundo, de 25 anos, é centroavante. O Timão já conversa com o estafe de ambos os atletas, e as primeiras informações recebidas apontam que para contratá-los para o ano que vem o clube alvinegro teria que desembolsar algo em torno de R$ 75 milhões.
Artur é muito namorado pelo mercado internacional. Primeiro grande investimento do Bragantino após se tornar parte da franquia Red Bull, o atacante sempre teve o seu nome ventilado a um projeto internacional do grupo, como o Salzburg, da Áustria, ou o Leipzig, da Alemanha. O atacante também é alvo do mercado árabe, mas não deseja ir para lá neste momento. Todo esse cenário de valorização faz com que o valor do jogador esteja alto. O Braga quer vendê-lo por 10 milhões de euros (R$ 51,3 mi, na cotação atual), quantia considerada bastante salgada para os corintianos que, por sua vez, admitem que vão buscar alternativas, até mesmo envolvendo atletas para minimizar o preço.
O caso de Pedro Raul já é visto como mais acessível em todos os sentidos. O valor é mais baixo, 5 milhões de dólares (R$ 25,9 mi, na cotação atual), o Kashiwa Reysol, do Japão, que detém os direitos do atleta, quer vendê-lo, e o próprio jogador acenou o desejo de se transferir para o Corinthians. Vice-artilheiros do Brasileirão, com 18 gols, a expectativa da direção corintiana é que ele mantenha a fase nas próximas temporadas, com a camisa alvinegra, pois, assim, teria potencial para ser transferido para um mercado alternativo da Europa ou até mesmo para algum clube de segundo escalão em grandes centros.
Além dos atletas citados, o Timão também tem o objetivo de comprar em definitivo o atacante Yuri Alberto, que pertence ao Zenit, da Rússia, e está emprestado desde junho. Com 21 anos de idade, o jogador foi comprado pelos russos por 25 milhões de euros (em torno de R$ 150 milhões, à época), no início do ano, quando defendia o Internacional. No entanto, a guerra no leste europeu fez com que o jogador quisesse voltar ao Brasil no meio do ano, foi quando o empréstimo com o Coringão foi acertado.
Para liberar Yuri de vez, o Zenit quer, no mínimo, reaver o valor que investiu. O Corinthians, por sua vez, também cedeu dois atletas: o goleiro Ivan e o atacante Gustavo Mantuan. Como a dupla é nova, com 25 e 21 anos, respectivamente, a ideia é usá-los como moeda de troca para abater o valor por Yuri Alberto que, uma vez contratado, renderá esportivamente ao Timão e nas próximas temporadas pode render financeiramente ainda mais do que quando foi vendido pelo Inter.
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