Vaiado, Sylvinho exalta ‘números positivos’ do Corinthians, mas contém euforia com G4 ao projetar reta final
Técnico se diz acostumado às críticas e lembra que seu time tem a terceira melhor defesa do Brasileirão, mas segura a empolgação com subida na tabela e prevê 'jogos mais difíceis'
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Na hora em que o sistema de som da Neo Química Arena anunciou o nome de Sylvinho após enumerar todos os jogadores da escalação do Corinthians para o clássico contra o Santos, os aplausos anteriores aos atletas deram lugar às vaias da torcida, ainda insatisfeita com o desempenho do técnico na derrota por 1 a 0 para o Flamengo, na última quarta-feira, no Maracanã. Neste domingo, porém, o seu time exibiu boa atuação, venceu por 2 a 0 e entrou no G4 do Campeonato Brasileiro, posto que o clube não ocupava há dois anos.
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E antes das vaias recebidas e do triunfo em Itaquera, o treinador teve uma semana conturbada, na qual voltou a enfrentar fortes críticas dos torcedores e viu até a sua filha, Taty Mendes, ir às redes sociais para protestar contra mensagens de ódio direcionadas à ela, ao seu pai e ao seu irmão após o revés no Rio de Janeiro. Ao comentar esta pressão que vem sofrendo, o comandante afirmou estar acostumado com a mesma desde os seus tempos de jogador.
- Sou um profissional do futebol, como atleta tive 15 anos. Somos pessoas públicas, estamos acostumados com críticas, sem problemas. Existe o Sylvio profissional que se preocupa em trabalhar 12 horas por dia no CT. Nossa preparação foi normal, boa, e a prova foi o resultado final em campo. Uma vitória absolutamente merecida - disse o comandante, em entrevista coletiva.
Em seguida, Sylvinho valorizou o desempenho do Alvinegro no Brasileirão, no qual conseguiu conduzir a evolução de uma equipe que antes era cotada a lutar contra o risco de rebaixamento e que agora está fechando a zona de classificação direta para a fase de grupos da Copa Libertadores.
- Pressões ocorrem. O trabalho foi muito bem feito, estamos entregando números positivos. Temos a terceira melhor defesa do campeonato (com 32 gols sofridos, empatado com o Cuiabá), aliada com um dos times mais disciplinados. É um time leal, toma poucos cartões amarelos, proporciona que o jogo tenha 60%, 65% de bola rolando, é bom para o espetáculo, para o entretenimento. Competimos, somo leais, e os números vão indo - completou.
SEM EUFORIA APÓS ENTRADA DO TIME NO G4
Ao mesmo tempo em valorizou os números corintianos, o treinador procurou conter a euforia com a entrada do Timão no G4 ao projetar os últimos quatro confrontos que a sua equipe terá pela frente nesta reta final do Brasileirão.
- Entrar no G4 nesse momento, no qual cinco meses atrás era impensável, é trabalho, é suor, e isso não acabou, vai até 9 de dezembro, até a última rodada, os jogos vão ficar ainda mais difíceis - previu o comandante, que tenta focar apenas em seu trabalho enquanto recebe críticas de torcedores insatisfeitos.
- Minha preocupação maior e única é trabalhar, me dedicar, são 10, 12 horas por dia no CT, com alegria, alinhado com todas as áreas do clube, apoiado pelo presidente, pela diretoria e também pelos atletas. Nosso ambiente interno é extremamente positivo, muito bom, e os atletas tem ecoado isso nas entrevistas - destacou Sylvinho, no comando alvinegro desde o final de maio.
Nesta reta derradeira do Brasileirão, o Corinthians voltará a campo na quinta-feira, quando terá pela frente o Ceará, às 20h, no Castelão, em Fortaleza, pela 35ª rodada. Em seguida, o time fará dois jogos em casa, no próximo domingo, contra o Atlético-PR, e no dia 5 de dezembro, diante do Grêmio, antes de viajar até Caxias do Sul para fechar a sua campanha contra o Juventude, no dia 9.
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