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Críticas ‘incompatíveis’, instabilidade e defesa mal: Cristóvão analisa fase

Técnico do Corinthians acha que cargo de treinador 'não dá segurança a ninguém' e revela expectativas para o compromisso diante do Fluminense, pelo mata-mata da Copa do Brasil

Cristóvão Borges
imagem cameraTreinador tem apenas 13 partidas no comando do Timão e venceu seis até o momento (Foto: Daniel Augusto Jr)
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São Paulo (SP)
Dia 30/08/2016
15:36
Atualizado em 30/08/2016
16:22

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Com apenas duas vitórias nas últimas seis rodadas do Campeonato Brasileiro, o Corinthians vive um momento de instabilidade na temporada, seis pontos atrás do líder Palmeiras e na quarta posição da tabela. Nesta quarta-feira, a equipe tentará superar a má fase começando bem em outra competição, que é a Copa do Brasil. Diante do Fluminense, às 21h45, o Timão tentará segurar o seu adversário das oitavas de final e ganhar confiança para os dois torneios que terá até o fim do ano. A ideia, segundo o técnico Cristóvão Borges, é "moralizar" o Corinthians para os próximos compromissos da temporada.

- Vamos jogar normal, para ganhar, buscando o resultado e a vitória. À medida em que você ganha, moraliza, e trabalhamos numa equipe que tem compromisso com o título. Se você avança, ganha confiança. Precisamos de bons resultados e vamos buscar. Uma vitória seria importante na Copa do Brasil e também para o Campeonato Brasileiro - argumentou Cristóvão, que não pretende lançar mão de uma proposta mais defensiva no Rio de Janeiro, e apostará no ataque no estádio Giulite Coutinho.

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Para alcançar a reabilitação na temporada, o Corinthians precisará superar os números negativos de sua defesa: com Cristóvão, foram 14 gols sofridos em 13 partidas. Uma das possíveis explicações para a estatística negativa foi negada pelo treinador, que não acha a dupla formada por Yago e Balbuena lenta. Em duelos como contra Grêmio e Ponte Preta, jogadas de velocidade dos ataques rivais desestabilizaram o setor de marcação alvinegro. Cristóvão, porém, vê o problema como sistemático, não individual.

- Eu discordo de você falar que eles (Yago e Balbuena) são lentos, eu não acho. Quando tivemos a sequência de resultados positivos isso não aparecia, porque a equipe desempenhava ações importantes para que isso não acontecesse. Nessa fase de dificuldade o desempenho não é igual. Jogando alta a zaga vai continuar, porque estava antes, até porque o jogador não precisa de velocidade numa distância muito grande. A distância que é para percorrer eles têm capacidade, não precisam ser velocistas. Esse desequilíbrio acontece porque a equipe deixou de marcar bem, essa é uma das dificuldades. Para que a defesa jogue bem, a equipe tem que jogar bem. Se o time não marcar bem e não for bem organizado não há defesa que resista. Por muito tempo a defesa não foi problema, porque a equipe estava defendendo bem. Estamos trabalhando para buscar essa solidez defensiva - explicou Cristóvão Borges.

Criticado nas últimas semanas, Cristóvão trabalha para resolver os problemas do Corinthians e voltar a vencer, tanto no Brasileirão quanto na Copa do Brasil. Em quarto lugar nos pontos corridos e iniciando o mata-mata, o treinador acha as críticas ao seu trabalho "incompatíveis" com os resultados dentro de campo. Apesar da queixa sobre o excesso das cobranças, o treinador não acha que está seguro no cargo de treinador do Corinthians, clube em que foi anunciado há pouco mais de dois meses.

- O cargo de treinador no Brasil não dá segurança a ninguém, nem na Seleção. Está atrelado a um monte de coisa, especialmente resultado. Mas eu estou num clube onde se faz diferença, porque avaliação é em cima do trabalho, e estamos fazendo um trabalho consciente de tudo o que está acontecendo. Desenvolvimento, refazendo equipe renovada e tudo isso requer tempo. As virtudes do ano passado só aconteceram do meio para o segundo semestre. E nós estamos perdendo jogadores, recompondo elenco. Isso requer mais tempo ainda. Mas em algum momento pode ser que encaixe, e nós encaixemos forma de jogar, equipe definida. Isso tudo pode acontecer - disse, antes de completar.

- Em relação ao nosso posicionamento não é compatível (a crítica). Com todas as dificuldades, e se fomos comparar com trabalhos consolidados, e elencos definidos, estão ou pouco à frente ou próximos, nunca afastados. Acho que merecemos uma força maior, porque com todas as dificuldades estamos ali, a duas rodadas do líder. Estar ali mesmo com tantas dificuldades é algo que precisa se levar em consideração. Ter conseguido prolongar um momento importante para mim, em começo de trabalho, a parte mais difícil. Tínhamos uma sequência dificílima no começo, e conseguimos bons jogos e resultados. Agora o desafio é conseguir isso de novo, importante para consolidação do trabalho, ganho de confiança e definições que precisamos dar.

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