Derrota do Corinthians para o Atlético-MG é ‘normal’, mas maneira de perder é o que preocupa
Timão teve enorme dificuldade para levar a bola ao ataque e pouco ameaçou o Galo, que construiu um 3 a 0 tranquilo e sem fazer muito esforço. Falta de reação foi preocupante
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O Corinthians foi até o Mineirão com a confiança de quem poderia bater o líder do Campeonato Brasileiro. No entanto, mesmo o mais fanático torcedor corintiano sabia que seria uma missão difícil e que uma derrota, apesar de ruim, não seria uma grande tragédia. O que não estava dentro do "normal", porém, foi a maneira com que o Timão foi batido por 3 a 0 na última quarta.
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Tanto olhando para a tabela (18 pontos de diferença antes da partida), quanto olhando para o futebol apresentado dentro de campo, o favorito, com certa folga, era o Atlético-MG. No entanto, com a mudança de patamar do Timão na tabela e a briga pelo G4, o confronto passou a ter contornos decisivos e com caráter mais equilibrado do que seria. Mas o jogo ficou longe de ser parelho.
E esse desequilíbrio ficou marcado pela falta de capacidade do time para conseguir agredir o Galo, que tem a melhor defesa do Brasileirão. Evidentemente não seria uma tarefa fácil, mas essa ausência de repertório ofensivo acabou facilitando a vida dos atleticanos, que tiveram de fazer poucos esforços para conter o ataque corintiano, que não acertou uma bola no alvo.
Das seis finalizações da equipe, segundo o Footstats, nenhuma foi certa. Assim, o goleiro Everson não precisou fazer defesas, saindo de campo quase sem trabalhar. Como o próprio Sylvinho disse em sua entrevista coletiva, a falta de um jogador com boa saída de bola, como seria Cantillo, acabou minando as possibilidades do time, que também não conseguiu usar a velocidade dos pontas. Tanto é que Róger Guedes e Gustavo Mosquito não apareceram.
Em certo momento do jogo, parecia que o Corinthians não tinha muito mais o que fazer de tão dominado que estava pelo Atlético-MG. A equipe ficou tão previsível que todas as possibilidades de buscar o ataque já estavam neutralizadas. Isso, diante de uma defesa que erra raramente, é quase um atestado de derrota. Além disso, errar contra um ataque que não perdoa, torna uma possível derrota "apertada" em um 3 a 0 "doído" como disse Cássio.
Todo esse contexto se torna preocupante pelo fato de nos últimos jogos, mesmo nas emocionantes vitórias em casa, os problemas terem sido bem parecidos, incluindo algumas opções equivocadas de Sylvinho na montagem do time ou nas substituições. A impressão é de que o Timão está sem conseguir dar um passo à frente em seu repertório de jogo. Os mais pessimistas dizem que o limite foi atingido e não cresce mais do que isso neste cenário atual.
Como a classificação para a Libertadores (com vaga direta ou não) é algo iminente para o Corinthians, o que o time oferece hoje parece ser suficiente para terminar o campeonato com esse objetivo atingido. No entanto, nem sempre vai haver a Fiel na arquibancada e um gol no fim da partida para salvar. A Fiel está preocupada e não é à toa. Os sinais do campo não são bons.
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