Eleição no Corinthians: Duílio Monteiro Alves fala ao LANCE!: ‘Transformação necessária e títulos’
Empresário, Duílio é sócio do Timão desde o dia em que nasceu, foi diretor cultural do clube entre 2009 e 2010 e duas vezes diretor de futebol (2011-2014 e 2018-2020)
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No próximo sábado (28/11), o Corinthians terá sua eleição para presidente do clube e, para aquecer a disputa, o LANCE! traz uma série de entrevistas com os envolvidos no pleito. Nesta semana, as conversas serão com os três candidatos a presidente. A proposta foi fazer as mesmas seis perguntas para cada um dos concorrentes. Como o critério adotado para a publicação é por ordem alfabética, a segunda entrevista será com Duílio Monteiro Alves. Confira abaixo:
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Duílio Monteiro Alves, candidato à presidência do Corinthians, 45 anos - É empresário e se tornou sócio do clube no dia em que nasceu, foi diretor cultural entre 2009 e 2010, e diretor de futebol (2011-2014 e 2018-2020).
1) Qual é a sua relação com o Corinthians (sem contar o envolvimento político com o clube, somente a relação passional)?
É uma relação que vem desde o dia em que nasci, 15 de março de 1975. Sou sócio do Corinthians antes mesmo de ter certidão de nascimento, porque meu avô, Orlando Monteiro Alves, fez minha carteirinha antes de meu pai, Adílson Monteiro Alves, me registrar. Cresci no clube, vivi ao lado do meu pai a Democracia Corintiana e todos os grandes momentos do clube e do futebol. Sou corintiano em tempo integral, com um amor que passa de geração em geração na minha família. Não existe minha história sem a história do Corinthians.
2) O que te leva a querer ser presidente do Corinthians?
Um amor enorme ao Corinthians e a convicção de que tenho a experiência, o conhecimento e o preparo necessários para conduzir o clube a um novo momento de sua história. O Corinthians tem o segundo maior valor de marca das Américas e o maior da América Latina, segundo a Revista Forbes. Precisamos aproveitar essa força e todas as estruturas que foram construídas (CT, CT da base, Neo Química Arena, etc) para que o Corinthians tenha cada vez mais protagonismo tanto no futebol quanto em tudo que envolve o clube, como o clube social e os esportes olímpicos e amadores.
3) Se assumir a presidência, quais serão as medidas em relação aos problemas financeiros do clube?
Primeiro, vamos criar uma força-tarefa nos departamentos Jurídico e Financeiro para renegociar processos e promover novos acordos que nos permitam cumprir com os compromissos sempre atuando com fluxo de caixa positivo. Paralelamente, vamos diversificar e trazer novas receitas através da tecnologia e da inovação, transformando o departamento de marketing, que terá também braços específicos, 100% focados nos esportes olímpicos, amadores, no clube social e na responsabilidade social. Para o clube social, por exemplo, vamos viabilizar o projeto Arena Fazendinha, que irá trazer grandes shows e eventos para nossa querida Fazendinha, que será revestida com gramado sintético padrão Fifa, trazendo novas receitas, facilitando a montagem e desmontagem dos eventos sem prejudicar os jogos e a utilização de outros espaços, viabilizando também seu uso frequente pelos sócios, além de poder voltar a receber alguns treinos do time principal e apresentação de novas contratações.
Além disso, teremos a finalização do alojamento do CT da Base, que já está em uso, e que certamente irá ajudar bastante na formação e revelação de novos atletas. Com isso teremos retorno dentro e fora de campo, sendo que as receitas geradas serão essenciais para equilibrar as contas mais rapidamente. Por fim, temos que tornar o Fiel Torcedor mais atrativo, aumentando os benefícios para quem não mora em São Paulo, trazendo conteúdos exclusivos, experiências e vantagens diferenciadas, buscando também inspiração em planos de torcedores que são sucesso pelo mundo, como o do Benfica-POR, por exemplo, que dá um desconto de R$ 1 por litro de gasolina abastecido. Há muito a ser criado nesse sentido e estamos preparados para isso.
4) Qual é a sua principal proposta para o próximo triênio?
É transformar o clube e ganhar títulos ao mesmo tempo. Já temos entendimentos firmados com uma das principais consultorias de gestão do Brasil e do mundo e com uma empresa de auditoria das Big 4, para aplicarmos as melhores práticas de governança do mercado no Corinthians. Nos últimos anos o Corinthians concluiu a construção dos equipamentos necessários para que possamos agora dar foco numa gestão 100% profissional e de excelência, otimizando esses equipamentos para que tenhamos máxima eficiência, gerando novas receitas e ampliando as já existentes. É isso que irei fazer, caso seja eleito presidente.
5) Quais são os planos para a Neo Química Arena? É possível torná-la mais rentável ao clube nos próximos anos?
Totalmente possível. E é uma das nossas prioridades. Primeiro, a gente está muito próximo de um acordo com a Caixa, que nos permitirá viabilizar de forma saudável o pagamento do financiamento da Arena. Isso, aliado à recente venda dos naming rights, fará com que o clube já comece a receber no próximo ano boa parte das receitas com a renda de bilheteria, que antes ia 100% para o fundo. Além disso, a Arena já conta hoje com um heliponto que a partir de dezembro promoverá voos panorâmicos, com uma universidade para 2.000 alunos, uma clínica médica, farmácia, academia, salão de beleza, barbearia, locadora de veículos, um coworking, além de um hotel, uma choperia, uma pizzaria e a tirolesa que atravessará todo o campo, que estão em andamento.
Iremos também criar, para os jovens empreendedores da Zona Lesta, o Hub Fiel, em parceria com grandes empresas. Um espaço com tecnologia e profissionais reconhecidos que serão mentores desses jovens, orientando-os no desenvolvimento de seus projetos inovadores. A Neo Química Arena vai ser o centro vivo da paixão corintiana, 24 horas por dia, sete dias por semana. Com essa gama de serviços, a volta dos jogos e a realização de shows, previstos no contrato com a Neo Química, a arrecadação da Arena aumentará muito nos próximos anos. E poderemos devolver para a Zona Leste todo o amor que a Zona Leste tem pelo Corinthians.
6) Por que o sócio com direito a voto e o torcedor corintiano devem confiar em você para a presidência?
Primeiramente porque nasci dentro do Corinthians, amo esse clube e tenho minha história e da minha família sempre caminhando junto com a história do clube, e jamais colocaria isso em risco se não estivesse preparado para esse desafio. Depois porque o sócio e o torcedor me conhecem e podem avaliar minhas conquistas nos últimos anos. Além de ser jovem e cheio de energia e vontade de encarar esse desafio, tenho muita experiência e conhecimento do que é a grandeza desse clube. Já fui diretor cultural, quando realizamos os inesquecíveis festejos do centenário e o Projeto Time do Povo, entre outros.
Também passei pela diretoria de futebol, tendo conquistado um Campeonato Brasileiro, a tão sonhada Libertadores, o Bi Mundial, a Recopa Sul-americana e três Campeonatos Paulistas. Nunca me afastei do clube, estando sempre à disposição para ajudar, não virei conselheiro vitalício em três anos, e tenho uma criação essencialmente democrática, de muito diálogo, requisito essencial para promover a união de que o Corinthians tanto necessita neste momento. Estudei e me preparei muito para esse desafio, e tenho convicção de que posso, junto com todos os que amam esse clube, realizar a transformação necessária para que o Corinthians seja cada vez maior.
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