L! Espresso: Ao fechar com Boselli, Corinthians fugiu do óbvio para tentar acabar com crise no ataque

Um dos maiores dramas do Corinthians em 2018 foi encontrar um goleador capaz de minimamente suprir a ausência de Jô, que partiu para o Japão após a conquista do título nacional no ano anterior. No início da temporada, os gols de Romero camuflaram a crise que se instauraria no setor. A fonte do paraguaio secou. Roger e Jonathas foram tão mal na tentativa de exercer a função que o Timão terminou o ano com o veterano Danilo de camisa 9. Muitos dos problemas defensivos apresentados no ano passado poderão ser corrigidos com o retorno de Fábio Carille, que moldou em 2017 um time impecável atrás e cirúrgico quando tomava a bola do adversário. Mas, para repetir a fórmula, faltava alguém que recuperasse o prestígio do ataque. Ao trazer o argentino Mauro Boselli, o Corinthians fugiu do óbvio sem precisar colocar a mão nos combalidos bolsos. Aos 33 anos, Boselli vem como titular, e não para ser testado como solução. O histórico de 130 gols em 220 partidas disputadas em cinco anos com a camisa do Léon, do México, é o maior indicativo disso. Foi ainda campeão da Libertadores pelo Boca Juniors e Estudiantes - na conquista do time de La Plata foi o artilheiro, com 8 gols, marcando inclusive na final contra o Cruzeiro. Carille contará com um elenco muito melhor do que aquele em decomposição quando decidiu tirar férias milionárias na Arábia Saudita. A missão agora é transformar este novo Corinthians naquele time que se recusava a perder.

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