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Ficha limpa, eleições, chapão… veja 12 assuntos internos que o Timão votará

Conselheiros e associados do Corinthians são aguardados no Parque São Jorge durante este sábado, quando o clube discutirá importantes alterações em seu Estatuto para o futuro

Diretoria do Corinthians
imagem cameraDiretoria atual foi eleita em fevereiro de 2015. Para 2020, formato deve ser alterado (Foto: Agência Corinthians)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 21/10/2016
20:02
Atualizado em 21/10/2016
20:13

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O miniginásio do Parque São Jorge receberá neste sábado, entre 9h e 17h, uma Assembleia Geral Extraordinária que votará propostas de mudanças do Estatuto do Corinthians. Entre a inclusão da Ficha Limpa como pré-requisito para a eleição do próximo presidente, mudanças na data do pleito e fim de um sistema de formação do Conselho Deliberativo visto como antidemocrático, serão 12 temas em discussão por conselheiros e associados do Timão.

Confira abaixo quais serão os assuntos que podem virar regra no clube a partir dos próximos anos:

1) Fim de privilégio para sócios licenciado - De acordo com as regras atuais, um associado que pede licença de sua posição ganha isenção do pagamento da mensalidade e perde o direito de usufruir dos direitos e prerrogativas da condição. Quando decidir encerrar a licença, voltam esses direitos. A proposta de mudança indica que o associado licenciado só poderá usufruir de seus direitos de votar e ser votado decorridos cinco anos do retorno efetivo.

2) Ficha limpa no Corinthians - Proposta é de inclusão de dois parágrafos no Estatuto: o associado agora não poderá ser candidato à presidência do Corinthians caso tenha sido condenado pela Justiça. Seriam necessários oito anos após o cumprimento da pena para que o associado recuperasse direitos políticos. Essa inelegibilidade, no entanto, não se aplicará em crimes culposos (sem intenção) e nem os definidos como de menor potencial ofensivo.

3) Mudança de data na eleição presidencial - Atualmente, as eleições do Corinthians ocorrem de três em três anos e sempre na primeira quinzena de fevereiro, o que atrapalha o planejamento do time de futebol. A proposta é de eleições trienais, mas em novembro, e com os vencedores assumindo postos no primeiro dia útil do ano seguinte. A mudança, porém, valeria apenas a partir de 2020, para que os atuais presidente e conselheiros usufruam dos direitos de seus cargos até fevereiro de 2018. Haverá, também, a criação de um governo de transição entre diretorias.

4) Atletas na diretoria? Isso mesmo! - Uma das propostas visa garantir a participação de atletas do Corinthians nos colegiados de direção do clube, desde que as candidaturas obedeçam condições do Estatuto, como o tempo de associação.

5) Ex-presidentes ganham "cargo" - O Cori (Conselho de Orientação do Corinthians), órgão superior ao Conselho Deliberativo e que aprecia as contas do clube, são compostos por dez membros e dez suplentes eleitos pelo Conselho Deliberativo, além dos últimos dois presidentes do clube. A mudança propõe que todos os ex-presidentes da diretoria e do Conselho Deliberativo tornem-se membros natos do Cori.

6) Chance de reeleição mais próxima - Hoje, a reeleição consecutiva para o mesmo cargo não é permitida e o presidente fica inelegível nas duas eleições subsequentes. Mudança quer que esse número diminua para apenas uma eleição, o que significa que um presidente pode ser eleito, cumprir três anos, ficar três fora e depois voltar para mais três. O prazo mínimo atual sem cargo é de seis anos.

7) Nomenclatura de cargo - O "diretor de relações internacionais" passa a ser "diretor de relações institucionais".

8) Rigor nas investigações - Ideia é acrescentar o seguinte artigo: "O administrador que tenha praticado ato de gestão irregular ou temerária será imediatamente afastado, após decisão da Assembleia Geral, e ficará inelegível pelo período de dez anos".

9) Fim do chapão - Chapão é um grupo de 200 conselheiros mais 50 suplentes que são eleitos junto com o presidente do clube. Quem vota em determinado candidato, escolhe também a chapa única com todos os conselheiros. Segundo alas do clube, porém, esse sistema de escolha é antidemocrático e enfraquece a oposição - o chapão existe desde que o grupo de Andrés Sanchez assumiu o clube, em 2008.

A proposta é constituir chapas compostas por apenas 25 associados. Assim, serão eleitas as dez chapas mais votadas, sendo oito para preencher os cargos de conselheiros trienais efetivos e duas para a suplência. Em caso de empate na eleição, a chapa vencedora será a que tiver candidatos com mais tempo de associação na soma de todos os integrantes.

10) Criação de comissão eleitoral - Agora, uma comissão será nomeada seis meses antes das eleições do Corinthians para fazer o regimento eleitoral, organizar o processo, candidaturas, julgar impugnações e declarar os eleitos. Serão cinco conselheiros nomeados pelo presidente do órgão.

11) Tecnologia no Timão - Votações passarão a ser eletrônicas, salvo impossibilidades técnicas.

12) Cautela nos gastos - Segundo a proposta de mudança, uma diretoria só poderá antecipar ou comprometer até 30% das receitas do primeiro ano do mandato subsequente. A proposta tem um dispositivo que permite autorizar o gasto superior a 30% "em face de situação extraordinária".

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