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Jucilei sobre processo contra o Corinthians na Justiça: ‘Não posso abrir mão do que já trabalhei’

Em entrevista ao jornalista Alexandre Praetzel, volante explicou os motivos pelos quais decidiu processar o clube em causa trabalhista, por valores devidos em carteira

Jucilei - Corinthians
Jucilei falou pela primeira vez após vencer processo contra o Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians)

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Após notícias sobre um processo trabalhista que moveu contra o Corinthians, Jucilei falou pela primeira vez sobre os motivos que o levaram a procurar a Justiça para receber a quantia devida. O jogador, que defendeu o Alvinegro entre 2009 e 2011, venceu a ação em todas as instâncias e agora aguarda a determinação do valor que o Timão deverá indenizá-lo.

Em entrevista ao jornalista Alexandre Praetzel, o volante explicou que ficou sem receber valores relacionados ao 13º salário, ao FGTS, às férias, além de um mês inteiro de trabalho. Atualmente sem clube, ele chegou a revelar o salário que recebia à época em que foi vendido ao Anzhi-RUS e os pedidos que fez referentes às obrigações trabalhistas de dezembro de 2010 e janeiro de 2011.

- Quando chegou a proposta do Anzhi-RUS, eu tinha, se eu não me engano, um salário para receber do Corinthians. Vou te falar: meu salário era de R$ 50 mil no primeiro ano, depois passou para R$ 110 mil, então tinha salários, tinha o 13º e o Fundo de Garantia. Quando chegou a proposta, o Corinthians queria que eu abrisse mão daquilo que eu já tinha trabalhado.

Por achar que deveria receber pelo que trabalhou, Jucilei decidiu levar o caso para a Justiça do Trabalho, em 2014, três anos depois de deixar o clube, que na época devia um valor bem menor do que provavelmente vai pagar agora.

- Sem meu salário, eu não posso abrir mão daquilo que eu já trabalhei. Ainda se é uma coisa para frente, tudo bem, mas eu tinha trabalhado e o Corinthians queria que eu abrisse mão daquele dinheiro. Eu falei: "Não, não posso abrir mão do que eu já trabalhei", se não me engano, eu tinha uns R$ 200 mil lá para receber. Então o Corinthians não me pagou, e se não me pagou, botei o Corinthians na Justiça - contou, antes de completar:

- Eu saí em fevereiro de 2011, eles queriam, se eu não me engano, que eu deixasse o mês de janeiro, férias, dezembro, 13º, alguma coisa assim, para trás, queriam que eu assinasse um papel para eu deixar para trás, mas eu falei que não assinaria pelo fato de eu querer receber, porque eu trabalhei.  Acabou que a gente entrou com uma ação contra o Corinthians.

Apesar de a causa já estar ganha e não haja mais chances de recurso para o Corinthians, os valores ainda serão calculados pela Justiça. Para Jucilei, processar o clube não significa ingratidão, somente receber pelo que trabalhou, já que ele também não foi procurado para um acordo.

- Não me procurou (para fazer acordo), só falou para eu abrir mão desse dinheiro dessa época. Eu não sei os valores corretos, sei que eu processei sim o Corinthians, ganhei a causa, não sei o valor real, mas eu sei que ganhei e ganhei aquilo que eu trabalhei. Talvez dê um pouco a mais daquilo que eles deviam por causa dos juros, que são altos, mas só botei mesmo pelo fato de não ter me pagado aquilo que eu trabalhei. Não é nem ingratidão, é pelo fato de você trabalhar e não receber, acredito que qualquer um faça isso - concluiu.

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