Juiz aceita pedido do MP-SP e Justiça cobra R$ 40 milhões do Corinthians
Clube descumpriu contrato pela cessão do terreno para a construção da Arena e viu valores aumentarem quase R$ 30 milhões de 2011 para cá. Timão já pediu suspensão da sentença
O Corinthians parece não ter sossego com processos na Justiça. Desta vez o problema é relacionado à construção da Arena, em que o clube teria descumprido acordo de cessão do terreno, que incluía obras de melhoria na região. O Ministério Público de São Paulo solicitou atualização dos valores que quase chegam a R$ 40 milhões e o juiz Randolfo Ferraz de Campos acatou o pedido. A informação foi dada pelo "Meu Timão" e confirmada pelo LANCE!.
Em 2011, ano em que costurou o acordo junto a Prefeitura de São Paulo, o Corinthians se comprometeu em cumprir determinadas contrapartidas sociais equivalentes a R$ 12 milhões - divididas em duas etapas. A Promotoria de Justiça da Habitação e Urbanismo da capital alega que o clube não arcou com suas responsabilidades e cobrou a multa. O valor de cerca de R$ 39,8 milhões é uma atualização do acordo inicial somado com juros de 1% ao mês.
O pedido foi realizado no mês de fevereiro e foi acatado recentemente pelo juiz Randolfo Ferraz de Campos, responsável pela 14ª Vara da Fazenda Pública. O clube alegou que já fez algumas obras, mas nenhuma delas foram aceitas. Agora a tentativa é de suspender a execução da sentença diante do alto valor e do momento financeiro que vive o país por conta da pandemia de coronavírus.
Nesta fase do processo, o pedido de suspensão está nas mãos do juiz, que aguarda a manifestação do Ministério Público de São Paulo e da Prefeitura de São Paulo. A ação não é primeira que acomete o Corinthians nas últimas semanas. Há casos envolvendo Bruno Méndez, Jucilei, Maycon e Jonathas, sendo que três desses jogadores já deixaram o clube.
Em 2019, o balanço do clube fechou com R$ 177 milhões de deficit e uma dívida acumulada de R$ 665 milhões, sem contar o financiamento da Arena Corinthians. Para este ano, os problemas financeiros tendem a se agravar por conta da consequências da pandemia de coronavírus. Vale lembrar que no fim de novembro haverá eleição para escolher o novo presidente corintiano.