Júnior Moraes rebate críticas de Alessandro e diz que Corinthians recusou tentativa de acordo por rescisão
Atacante revelou que procurou o gerente de futebol corintiano e sugeriu até abrir mão de valores, mas foi ignorado
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Fora do Corinthians após ter o pedido de rescisão contratual concedido pela Justiça, o atacante Júnior Moraes disse que o clube não aceitou negociar o desligamento de forma amigável antes que a ação fosse movida, ainda que a sugestão deste acordo tivesse partido do próprio gerente de futebol corintiano, Alessandro Nunes.
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Moraes não teve problema em rescindir o seu vínculo com o Timão, mas disse que tinha valores a receber, como 12 parcelas dos direitos de imagem e o recolhimento do FGTS. O jogador até se mostrou disposto a combinar uma melhor forma de pagamento, abrindo mão de valores, mas não obteve resposta do departamento de futebol do clube alvinegro.
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- Alessandro me chamou na sala e falou que tinha o interesse em fazer a rescisão de contrato. Eu disse que tudo bem. Pedi para formalizar tudo que tinham para me pagar, que são os 12 salários atrasados e todas as parcelas do fundo de garantia. Eles pagavam a CLT, mas todas as outras, que dava mais do que a metade do contrato, eu estava sem receber. Falei que queria receber o que era de direito, mas poderia até abrir mão de boa parte para fazer acordo, mas ele não formalizou por e-mail. Os dias se passaram, eu ia falar com ele, mas não conseguia. Depois tiveram viagens. Tivemos uma segunda conversa e ele disse que não tinha como fazer acordo. Na terceira vez, entrei nela que estava Duílio (Monteiro Alves, presidente do Corinthians) e o Alessandro, mas quando eu fui falar, ele (Alessandro) atendeu um telefonema e disse que iria demorar - disse Moraes ao podcast ‘Denílson Show com Chico Garcia’.
Júnior foi duramente criticado por Alessandro, no último dia 3 de junho, que pediu desculpas à torcida corintiana pela contratação e até mesmo atacou o caráter do atleta.
- Sobre este atleta, tenho de ser muito franco: tenho que pedir desculpas para o torcedor corintiano, por uma contratação tão infeliz que fizemos. Vestir a camisa do Corinthians precisa ter coragem, personalidade e este que eu prefiro nem mencionar o nome foi covarde e, principalmente, mentiroso (...) Lamento que o torcedor corintiano tenha visto ele com a camisa do Corinthians - disse Alessandro Nunes, na ocasião.
Para o atacante, a fala do gerente de futebol na zona mista da Arena Independência, após a derrota do Corinthians para o América-MG, pelo Brasileirão, foi fundamental para a Justiça o pedido de rescisão do contrato, que tinha validade até dezembro.
- O juiz disse que não tinha como eu seguir trabalhando, já que estava sendo jogado aos leões. Então, ele deu a decisão imediata. Eu já tinha direito, mas de imediato foi após a fala do Alessandro. Ele só acelerou o processo. Por que mentiroso? E falou covarde. Vocês lembram do único gol que eu fiz, contra a Portuguesa, do Rio de Janeiro? Tive uma reação alérgica, passei a madrugada no hospital, tomando medicação na veia, mas eu já sabia que seria titular e pedi ao Vítor Pereira para jogar. Foi o jogo que eu fiz o meu único gol pelo Corinthians. Neste jogo, meu rosto está inchado. Joguei só o primeiro tempo, saí e fui direto para a enfermaria. Passei o segundo tempo todo tomando medicação na veia, deitado e tentando me recuperar - trouxe Júnior Moraes.
No total, as pendências que o Corinthians tem com Júnior Moraes chegam a R$ 2,8 milhões, mas no processo o pedido de pagamento é de R$ 3,9 milhões, pois considera juros e correção monetária. Por opção do técnico Vanderleu Luxemburgo, o atacante estava treinando separadamente ao elenco profissional desde o dia 13 de maio, três semanas antes de acionar o clube alvinegro na Justiça.
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