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Lesão de Fagner completa um mês e faz Corinthians se reinventar no período

Três zagueiros e improvisações foram alternativas usadas pelo técnico Vítor Pereira até agora, com a ausência do lateral

Treino Corinthians 02/06/22 - Fagner
imagem cameraFagner está entre os 15 jogadores que mais vestiram a camisa do Timão (Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 03/06/2022
20:55
Atualizado em 04/06/2022
07:00

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Esse sábado (4) marca um mês da lesão sofrida pelo lateral-direito Fagner, nos primeiros minutos empate em 0 a 0 entre Deportivo Cali e Corinthians, na Colômbia, pela fase de grupos da Libertadores.

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O jogador sofreu uma entorse no tornozelo direito e, desde então, são sete jogos sem ficar à disposição da comissão técnica.

E a oitava partida sem Fagner acontecerá neste sábado (4), já que o camisa 23 não foi relacionado para o duelo contra o Atlético-GO, pelo Brasileirão, que acontece às 20h30, em Goiânia.

Desde que retornou ao clube alvinegro, em 2014, esse é o segundo maior período que o lateral fica sem poder jogar. Segundo levantamento feito pelo portal ‘Meu Timão’, somente um problema no músculo posterior da coxa direita sofrido em 2015 tirou o lateral de combate durante tempo, 16 jogos na ocasião.

Com a ausência de um dos jogadores mais experientes do clube, o técnico Vítor Pereira precisou encontrar alternativas, já que o reserva imediato da função, o português Rafael Ramos, não podia jogar a Libertadores, por ter sido contratado depois do encerramento das inscrições da fase de grupos. Além disso, João Pedro, que também faz a lateral-direita também estava entregue ao departamento médico nos primeiros jogos de desfalque de Fagner.

Já no jogo contro o Deportivo Cali, VP precisou buscar soluções ‘da cartola’ quando o camisa 23 precisou ser substituído. Naquela circunstância, a escolha foi colocar o lateral-esquerdo Lucas Piton para fazer o lado direito.

Contra Red Bull Bragantino, Internacional, São Paulo e América-MG, todos compromissos pelo Brasileirão, Rafael Ramos esteve à disposição e foi titular.

Na partida de volta da terceira fase da Copa do Brasil, contra a Portuguesa-RJ, na Neo Química Arena, Vítor Pereira buscou uma alternativa com três zagueiros. Inicialmente, o fato de ter dois laterais esquerdos, Fábio Santos e Lucas Piton, como titular indicava que o segundo faria a direita, como havia sido na Colômbia. Mas na prática, o Timão foi formatado em 3-4-3, com Fábio Santos fazendo o lado esquerdo da trinca de zagueiros, e Piton atuando como um ponta do lado canhoto. Gustavo Mosquito fez a ala direita, já Robson Bambu o lado destro do setor defensivo, e João Victor a zaga central.

O sistema foi repetido em Buenos Aires, quando, sem Fagner e Rafael Ramos, o Timão encarou o Boca Juniors, pela penúltima rodada do grupo cinco da Libertadores, na Bombonera. Robson Bambu, João Victor e Raul Gustavo formaram o trio de zagueiros, com Mosquito na ala direita, e Fábio Santos na esquerda.

Contra o Always Ready, no entanto, a linha de quatro jogadores defensiva retornou e dessa vez quem fez a lateral-direita, de forma improvisada, foi Gustavo Mantuan.

Se por um lado o esquema com três zagueiros foi uma alterativa para a ausência de laterais direitos de ofício, principalmente Fagner, e de fortalecer o sistema defensivo corintiano, por outro ele gerou queda de rendimento do meio-campo para frente, principalmente na parte individual de alguns, como o meia Renato Augusto.

– Eu admito que começamos a trabalhar em 4-3-3. No pouco tempo que tínhamos, começamos a dinamizar o sistema para os comportamentos que pretendíamos, mas estávamos com problemas defensivos, porque a pressão de saída de bola estava sendo ultrapassada, já que a forma que pressionamos não estava sendo efetiva. Fomos atrás de um sistema alternativo para ser competitivo. Hoje chego a conclusão que essa alternância de sistema nos fez cair em qualidade de jogo. Mas isso eu só saberia se tivesse testado. Em determinados jogos não temos jogado ao nível que eu gostaria, resultados as vezes são melhores que as exibições, mas no sentido de dar resposta é esse problema que sentimos. Para chegar a essa conclusão, o Renato (Augusto) jogava do lado esquerdo, com uma dinâmica com o lateral e o ponta-esquerda, e essa ligação entre eles tornava o Renato mais influente da esquerda para dentro, como queríamos dar respostas defensivas deslocamos o Renato para direita, para quando defendíamos ele não fosse o jogador que ficasse ao lado do volante e ficasse mais alto para não defender atrás. Mas essa alteração de função prejudicou, tirou confiança. Em busca de soluções, encontramos um problema novo. E é treino, vamos buscar soluções – explicou o treinador corintiano em entrevista coletiva concedida no último dia 27 de maio.

Há duas semanas, Fagner iniciou o processo de transição física, mas tem feito um cronograma bastante precavido para não sofrer com novos problemas quando voltar aos gramados. Ainda não há previsão de retorno do atleta aos jogos.

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