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Mesmo com Jô abrindo mão de salários por rescisão, Corinthians tem o que pagar ao atacante

Timão possui dívida antiga com o atacante e luvas que eram diluídas no salário. Além disso, o clube tem caso aberto na Fifa pela contratação do jogador

Portuguesa-RJ x Corinthians - Jô
Jô deixa o Timão como vice-artilheiro do clube na temporada, com quatro gols (Foto: Rodrigo Coca / Ag. Corinthians)

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Não é porque o atacante Jô rescindiu amigavelmente com o Corinthians, abrindo mão dos salários que teria direito a receber até dezembro do ano que vem, que o Timão não terá o que pagar ao jogador.

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Em junho de 2020, o atacante retornou ao clube alvinegro após rescindir com o Nagoya Grampus, do Japão, e inicialmente a contratação pelo Alvinegro do Parque São Jorge aconteceu sem custos de compra, apenas com luvas, que giravam em torno de R$ 2,5 milhões.

A diretoria corintiana à época acertou então que esse pagamento seria diluído nos salários do atleta no período do contrato, até dezembro de 2023, bem como uma dívida da segunda passagem do atacante pelo clube alvinegro, em 2017. Esses valores ainda precisarão ser pagos para Jô, mesmo após o acordo de rescisão contratual que ocorreu nesta quinta-feira (9).

Somando os pagamentos feitos durante os dois anos da terceira passagem do atleta pelo Timão, o clube chegou a pagar algo próximo a R$ 5 milhões para o centroavante, mas ainda devia uma quantia aproximada em R$ 3,5 milhões.

Ainda não se sabe se o Corinthians seguirá pagando a dívida diluída mensalmente até dezembro do ano que vem ou se fará um acordo para acerto total.

A informação dos pagamentos pendentes foi inicialmente publicada pela ‘Gazeta Esportiva’ e confirmada pelo LANCE!.

Além disso, o Timão pode ter que pagar mais 3,4 milhões de dólares (R$ 16,6 mi, na cotação atual) referente a contratação do jogador, há dois anos. Essa quantia seria paga ao Nagoya Grampus, clube japonês que alega que Jô tinha vínculo até janeiro de 2021, mas que pediu a rescisão unilateral que deixou o centroavante livre para retornar ao Parque São Jorge, em junho de 2020.

O litígio entre o atacante e o clube do Japão se deu pouco antes do fechamento das fronteiras no país asiático, por conta da pandemia do novo coronavírus. Jô e a sua esposa voltaram ao Brasil por conta dos filhos, mas a situação não foi vista bem pela direção do Nagoya que suspendeu os salários do atleta, que em julho acertou com o Corinthians.

O caso foi para a Fifa, e em primeira instância o Timão foi condenado ao pagamento, mas o clube alvinegro pediu para que o caso fosse para a Corte Arbitral do Esporte (CAS), uma espécie de Supremo do esporte, para apresentar mais provas e novas testemunhas.

A defesa corintiana insistirá na tese de que o fato do Nagoya ter pedido a rescisão do contrato desobriga o Alvinegro Paulista de pagar qualquer valor à equipe japonesa. Os asiáticos, por sua vez, batem na tecla de abandono de emprego por parte de Jô, mas com o Corinthians sendo parte solidária.

De toda forma, o fato de Jô ter aberto mão dos vencimentos até dezembro do ano que vem gerará uma economia superior a R$ 10 milhões ao Timão, já que os salários do atacante estavam em mais de R$ 500 mil mensais.

A rescisão amigável do atacante com o Corinthians aconteceu após ele ter sido flagrado tocando pagode em bar de São Paulo enquanto o clube alvinegro perdia para o Cuiabá, pelo Brasileirão, na última terça-feira (7). No dia seguinte, o jogador não compareceu ao treinamento.

O atacante não foi para o Mato Grosso com o elenco pois estava afastado pelo departamento médico por conta de um trauma no pé esquerdo.

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